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Vanguardista também foi político
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Profundo conhecedor da cultura brasileira, Aloisio Magalhães
(1927-1982) foi um dos mais importantes designers do país, ao
transformar signos populares em
símbolos que tinham uma linguagem direta e fácil assimilação.
Em 280 páginas, "A Herança do
Olhar - O Design de Aloisio Magalhães" reúne ensaios de críticos
de arte e designers brasileiros
duas décadas após sua morte.
Há no livro uma sucessão de
símbolos familiares, como as notas do Cruzeiro Novo, a popular
nota de "um barão" e o grifo das
letras "BR" da Petrobras, entre
outras marcas de empresas.
O designer, que representou o
Brasil na 30ª Bienal de Veneza
com suas pinturas expressionistas
abstratas em 1960, já desenvolvia
em Recife projetos experimentais
gráficos e participou, em 1954, da
primeira fase do "O Gráfico Amador", revista que tinha trabalhos
de intelectuais como Gastão de
Holanda, José Laurênio de Mello
e Ariano Suassuna.
Magalhães se decidiu pelo design na Filadélfia, em 1956. Lá conheceu o artista gráfico Eugene
Feldman, com quem publicou
dois livros.
Com a intenção de tecer relações históricas entre as influências culturais no Brasil, Magalhães desenvolveu o CNRC (Centro Nacional de Referência Cultural) em Brasília, de 1975 a 1979, e,
posteriormente, dirigiu o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Foi o primeiro secretário da
Cultura, cargo criado em 81 e vinculado ao Ministério da Educação
e Cultura (MEC), e morreu em
Veneza, em 1982, após dois derrames cerebrais.
(LZ)
A HERANÇA DO OLHAR - O DESIGN DE
ALOISIO MAGALHÃES - Direção
editorial: João de Souza Leite. Direção
artística: Felipe Taborda. Editoras:
Artviva Produção Cultural e Editora
Senac Rio. Quanto: R$ 280 (96 págs.).
Patrocinador: BR Distribuidora.
Lançamento: dia 22 de agosto, às 12h, no
Instituto Tomie Ohtake (r. Coropês, 88,
Pinheiros, São Paulo, tel. 0/xx/11/6844-1900).
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