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São Paulo, quarta-feira, 13 de agosto de 2003

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Vanguardista também foi político

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Profundo conhecedor da cultura brasileira, Aloisio Magalhães (1927-1982) foi um dos mais importantes designers do país, ao transformar signos populares em símbolos que tinham uma linguagem direta e fácil assimilação.
Em 280 páginas, "A Herança do Olhar - O Design de Aloisio Magalhães" reúne ensaios de críticos de arte e designers brasileiros duas décadas após sua morte.
Há no livro uma sucessão de símbolos familiares, como as notas do Cruzeiro Novo, a popular nota de "um barão" e o grifo das letras "BR" da Petrobras, entre outras marcas de empresas.
O designer, que representou o Brasil na 30ª Bienal de Veneza com suas pinturas expressionistas abstratas em 1960, já desenvolvia em Recife projetos experimentais gráficos e participou, em 1954, da primeira fase do "O Gráfico Amador", revista que tinha trabalhos de intelectuais como Gastão de Holanda, José Laurênio de Mello e Ariano Suassuna.
Magalhães se decidiu pelo design na Filadélfia, em 1956. Lá conheceu o artista gráfico Eugene Feldman, com quem publicou dois livros.
Com a intenção de tecer relações históricas entre as influências culturais no Brasil, Magalhães desenvolveu o CNRC (Centro Nacional de Referência Cultural) em Brasília, de 1975 a 1979, e, posteriormente, dirigiu o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Foi o primeiro secretário da Cultura, cargo criado em 81 e vinculado ao Ministério da Educação e Cultura (MEC), e morreu em Veneza, em 1982, após dois derrames cerebrais.
(LZ)


A HERANÇA DO OLHAR - O DESIGN DE ALOISIO MAGALHÃES - Direção editorial: João de Souza Leite. Direção artística: Felipe Taborda. Editoras: Artviva Produção Cultural e Editora Senac Rio. Quanto: R$ 280 (96 págs.). Patrocinador: BR Distribuidora. Lançamento: dia 22 de agosto, às 12h, no Instituto Tomie Ohtake (r. Coropês, 88, Pinheiros, São Paulo, tel. 0/xx/11/6844-1900).


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