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Brasil é desorganizado e sem estrutura, diz produtor dos EUA
DE LOS ANGELES
Mercenários ou caloteiros,
os musculosos liderados por
Sylvester Stallone devem voltar a se reunir em abril para
rodar a sequência de seu novo filme, mas num lugar bem
longe do Brasil.
"Stallone está escrevendo
e vai dirigir de novo. Estamos
pensando em locações, talvez a Tailândia", disse à Folha Avi Lerner, copresidente
da Nu Image/Millennium
Films, produtora internacional de "Os Mercenários".
"Sem dúvida a infraestrutura de lá é bem melhor [do
que a do Brasil]."
Lerner é acusado pela produtora brasileira O2 Filmes,
que tem entre seus sócios o
diretor Fernando Meirelles,
de não pagar uma dívida de
R$ 3,8 milhões em serviços
prestados durante as filmagens no Rio em 2009.
Lerner nega a dívida e diz
que chegou a receber um e-mail dos brasileiros afirmando que o dinheiro recebido
era suficiente para cobrir os
gastos. Em nota, a O2 contra-ataca dizendo que as solicitações da Nu Image "variavam a cada dia e que acarretaram o aumento vertiginoso
do custo da produção".
O produtor admitiu que
Stallone queria gastar mais
do que podia. "Mas ele sabia
os limites quando se dizia
"não'", disse Lerner.
"As pessoas no Rio, da
produção, eram ótimas, queriam fazer o melhor, mas não
é suficiente", disse. "Não tinham experiência para fazer
um filme desse tamanho.
Eram muito desorganizados", disse o produtor. Procurada, a O2 não quis se pronunciar sobre essa crítica.
O filme custou o equivalente a R$ 144 milhões. Segundo a Nu Image, foram pagos à O2 US$ 5,5 milhões
(cerca de R$ 9 milhões). A O2
afirmou que entraria na Justiça, mas Lerner ainda não tinha sido notificado.
(FE)
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