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Ganhar o democlipe não basta
da Reportagem Local
Câmbio Negro, Personagens,
Paulo Francis Vai Pro Céu, Cabeçudos e Vulgue Tostoi. Quais serão as chances de sucesso comercial da banda vencedora da categoria mais alternativa do Video
Music Brasil, a democlipe? Se depender só do prêmio, não muitas.
Nos últimos anos levaram o prêmio da categoria a The Teahouse
Band (95), com "Leaving It All
Behind", o Mulheres Q Dizem
Sim (96), com "Eu Sou Melhor
que Você", e a Comunidade
Nin-Jítsu (97), com "Detetive".
As três bandas dividem a mesma
opinião: o prêmio ajuda, mas a
banda ainda precisa batalhar muito para ser reconhecida no mercado, da mesma maneira que faria
caso não tivesse ganho.
"Fomos contratados pela BMG
sem que ninguém tivesse assistido
ao nosso show, mas tivemos de investir dinheiro do nosso bolso",
diz a baixista e vocalista Karem
Heitor Gião, da Teahouse Band.
O contrato com a gravadora durou apenas o álbum "Remedy",
que já estava pronto e ganhou apenas uma nova mixagem para ser
lançado em CD. Os direitos do disco estão nas mãos da BMG.
Para o vocalista Fredi Endres, da
Comunidade Nin-Jítsu, ganhar o
prêmio "é como ser campeão da
2ª divisão do campeonato e passar
para a 1ª". Eles se preparam para a
estréia em CD pela Continental.
Logo depois da premiação, na
festa com figuras importantes do
mercado, a banda já aproveitou
para fazer seus primeiros contatos. "Fomos armados de vários
CDs e fitas demo. As pessoas os recebiam já com outros olhos", diz.
Para o vocalista e guitarrista do
Mulheres Q Dizem Sim, Maurício
Pacheco, "o prêmio de democlipe
pode ajudar muito na carreira da
banda, mas tem de batalhar".
Mas para a banda não parece ter
sido muito interessante conquistar o prêmio. "Havíamos acabado
de deixar a gravadora Warner e
não estávamos predispostos a tentar um novo contrato", explica
Pacheco.
(LF)
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