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HQ
Exclusividade da DC expirou em 94
Justiça "racha" direitos sobre Super-Homem
ALEXANDRE MARON
da Reportagem Local
Aos 61 anos, Super-Homem, o
órfão mais importante das histórias em quadrinhos, enfrenta uma
disputa de paternidade. A viúva
do seu criador Jerry Siegel, Joanne
Siegel, ganhou, pela lei norte-americana de copyright, metade
dos direitos sobre o personagem.
A situação, inédita, permite que
os Siegel editem revistas e licenciem produtos, desde que dividam os lucros com a editora, que
é legalmente obrigada a fazer o
mesmo com sua parte. A família
pode também vender sua parte a
uma editora concorrente.
O escritor Jerry Siegel (morto
em 1996) e o desenhista Joe Shuster (que morreu em 1992) desenvolveram o personagem em 1933
e só depois o levaram para a DC.
Por causa disso, os direitos podem ser revertidos ao criador ou à
sua família 56 anos depois da venda. Eles têm um prazo de até cinco
anos após esse prazo de 56 (que,
no caso, venceu em 1994) para reivindicar a inversão. Os Siegel entraram com o pedido em 97, e a
inversão se deu em abril de 99.
Se a dupla tivesse criado o personagem como contratada da
DC, a editora teria 100% dos direitos. Caso Shuster tivesse herdeiros que pudessem reivindicar os
direitos, a DC, que ficou com sua
metade, perderia totalmente o
controle sobre o homem de aço.
A DC está tentando um acordo.
A viúva poderia, por exemplo, receber uma grande soma, ou uma
quantia periódica até que os direitos expirem em 2033, quando o
personagem faz 100 anos e se torna de domínio público.
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