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TELEVISÃO
Telespectador rejeita enlatados e musicais
DANIEL CASTRO
COLUNISTA DA FOLHA
Telenovelas estrangeiras, programas de compras, especiais
musicais, de teatro ou de ópera,
concertos e biografias são os produtos da TV mais rejeitados pelos
telespectadores brasileiros, segundo pesquisa do Ibope realizada neste ano com 10.624 pessoas
de 12 a 64 anos.
Segundo a pesquisa, que se chama TGI (Target Group Index),
68% dos entrevistados disseram
que nunca assistem a novelas produzidas em países latinos, como
México e Colômbia. A rejeição
atinge 81% em Brasília. Em São
Paulo, onde 66% dos entrevistados afirmaram detestar dramalhões, o SBT vem ofuscando a novela das sete da Globo com tramas
infantis mexicanas que atingem
até 25 pontos no Ibope.
No ranking dos produtos mais
rejeitados ainda aparecem atrações sobre casa e decoração, programas eróticos, boletins sobre
turismo e negócios e filmes de ficção científica. Superam até programas religiosos, com rejeição
de 52% na média nacional (e aceitação de 39%). Fortaleza é a capital mais tolerante em relação aos
padres e pastores eletrônicos: só
36% disseram nunca ver esse tipo
de programa.
OUTRO CANAL
Nariz
Faltou interpretação ao elenco da nova versão do "Sítio do
Picapau Amarelo", que estreou ontem de manhã na Globo. Mas
"sobrou" ibope: segundo dados preliminares, o programa deu
média de 17 pontos na Grande São Paulo.
Caneta
Amaury Júnior deve assinar contrato com a Record na
próxima segunda-feira. Antes do final do ano, terá um programa
diário, da 0h à 1h. O negócio só emperra se Amaury não conseguir resolver sua rescisão de contrato com a Band.
Plástica
A Globo vai reduzir o volume dos "cabelos das arábias" de
Giovanna Antonelli em "O Clone". A direção artística da emissora
achou o visual da atriz um tanto "over".
Acorde
A Record comprou os direitos de exibição em TV do show
que Eric Clapton faz hoje no Rio de Janeiro. O especial será exibido no final do ano.
Bola
Executivos da Record confirmam o interesse em exibir a Copa
de 2002, mas dizem que as negociações com a Globo não estão assim tão avançadas. A Record só aceita a Copa por um "preço justo" e se julgar viável o retorno publicitário do investimento.
E-mail: daniel.castro@uol.com.br
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