São Paulo, sexta-feira, 13 de outubro de 2006

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Morre aos 86 anos o cineasta italiano Gillo Pontecorvo

DA REPORTAGEM LOCAL

O cineasta italiano Gillo Pontecorvo, morreu ontem à noite, em Roma, aos 86 anos. Diretor de títulos como "Kapò" (1959), "Queimada" (1969) e "Ogro" (1980), ele recebeu o Leão de Ouro do Festival de Veneza, em 1966, por "A Batalha de Argel", que acompanha a trajetória de um rebelde, na década de 50, durante os momentos decisivos da guerra pela independência da Argélia. A causa da morte não foi divulgada.
Tido como um dos principais realizadores italianos do pós-guerra, Pontecorvo estudou química antes de optar pelo jornalismo.
Na década de 40, filiou-se ao Partido Comunista italiano e tomou parte da resistência ao fascismo. Ao fim da Segunda Guerra, tornou-se correspondente, em Paris, de vários jornais italianos.
Sua estréia no cinema foi como assistente do francês Yves Allégret. O primeiro longa-metragem foi "La Grande Strada Azzurra", de 1957, ambientado em um povoado de pescadores.
A consagração veio com "A Batalha de Argel", fita cuja exibição em cinemas franceses ficou proibida durante muito tempo.
Em seguida, ele dirigiu o ator Marlon Brando em "Queimada", filme em que, mais uma vez, colocou o foco no colonialismo europeu. Só voltaria aos sets dez anos depois, com "Ogro", que narra a preparação e a execução de um atentado pelo ETA, em Madri, em 1973.
De 1992 a 1996, ele dirigiu o Festival de Veneza.
Natural de Pisa, Pontecorvo deixa uma mulher e três filhos.


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