COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM LONDRES

O inverno chega a Londres, mas frio e chuva não impediram que 7.000 fãs passassem horas se espremendo na Leicester Square para ver a passagem, mesmo que rápida, dos atores de "Harry Potter e o Cálice de Fogo" na entrada para a première britânica do filme, no domingo passado.
Alguns disseram que chegaram na véspera para garantir um lugar mais perto da porta. Havia até um grupo da Espanha com a faixa: "1.500 milhas só para te ver". E o cenário investia na magia de Hogwarts, com direito a um dragão.
A duas semanas do lançamento do quarto filme da série, para onde quer que se olhe em Londres, há o rosto de Harry Potter e de seus amigos bruxos. Os ônibus de dois andares passam com um Potter gigante em sua vassoura. O pôster tem efeitos especiais e, quando o ônibus segue, dá a impressão que o céu muda de cor.
O investimento tem retorno garantido. Os três primeiros filmes da série, juntos, arrecadaram 1,35 bilhão de libras (R$ 5,1 bilhões) ao redor do mundo. Somente o último filme, "O Prisioneiro de Azkaban", teve 408,2 milhões de libras (R$ 1,5 bilhão) nas bilheterias do planeta. O valor estimado da marca Harry Potter é de 600 milhões de libras (R$ 2,7 bilhões).
A Mattel, uma das empresas licenciadas para comercializar a marca, lucrou, até 2004, cerca de 85 milhões de libras com a venda de bonecos e jogos sobre o bruxinho. Isso sem contar o mercado informal. Só no e-Bay, há mais de 9.000 ofertas sobre Harry Potter.


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