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Crítica
Filme de Tsui Hark cria um espetáculo visual
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O que dizer sobre "Golpe
Fulminante" (Cinemax,
18h45)? Que é um filme de ação
espetacular? Que fala sobre um
representante comercial que
descobre que seu sócio é agente
da CIA, o que os coloca em
maus lençóis com máfia russa e
chinesa? Ou que é estrelado por
Jean-Claude Van Damme,
tampinha que pode até ser bem
simpático, mas é dos piores
atores da história?
Talvez isso, porque Van
Damme funciona quando dirigido por cineastas de primeira
-e orientais-, como John
Woo (em "O Alvo"). E Tsui
Hark, também de Hong Kong e
que assina este "Golpe Fulminante". Van Damme, aqui, não
é um problema porque seus
atores são filmados como objetos em cena, mais para compor
a imagem, o que não os diferencia de uma pedra ou lata.
Contudo, é difícil, com esses
grandes cineastas, usar palavras para descrever o que eles
orquestram em seus filmes. É
preferível, de repente, vê-los
antes de ler sobre eles. Até porque o cinema é a arte da imagem, a ser vista, não lida.
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