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CRÍTICA DRAMA
Daniel Filho fez de "Chico Xavier" um filme para a devoção
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Um distribuidor importante, Jorge Peregrino, talvez, informa que o maior sucesso de
"Ghost" foi no Brasil. Aqui
também "Chico Xavier - O
filme" (TC Premium, 22h, livre) foi um fenômeno, com
mais de 3,5 milhões de espectadores nos cinemas.
Ou seja, acreditamos não
em outro mundo, mas neste
mesmo se repetindo em outra encarnação, em outra esfera (como em outro enorme
sucesso, "Nosso Lar"). Também têm muito prestígio as
divindades afro-brasileiras,
da umbanda, que existem
entre os homens, em vez de
pairar sobre nós.
Chico Xavier, o homem, é
o médium por excelência. O
médium para, no caso, a
mensagem.
A Daniel Filho, diretor do
filme, coube articular o mundo de cá com o mundo de lá.
O mundo do cinema com o
mundo da TV. Não fez um filme para a história, mas para
a devoção, misturando o espírito de grandeza de Cecil B.
DeMille e a humildade de
Chico Xavier.
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