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ARQUITETURA
180 mil visitaram a mostra em seus 51 dias
Bienal fecha portas, e freqüência empata com a da edição anterior
DA REPORTAGEM LOCAL
A expectativa era atingir 300 mil
pessoas, mas passados seus 51
dias, a 6ª edição da Bienal de Arquitetura encerrou-se no domingo com uma visitação equivalente
à da edição de 2003. Mesmo com
o aumento no número de maquetes e aposta na interatividade do
espectador, o público permaneceu estável: cerca de 180 mil pessoas atravessaram o pavilhão nos
últimos dois meses.
Segundo o arquiteto e curador
Gilberto Belleza, o resultado é extremamente positivo, já que a exposição teve duração menor que a
edição anterior e nenhum dia
com abertura gratuita.
"Em primeiro lugar, estamos
bastante contentes com o fato da
Bienal ter acontecido, depois de
tantas dificuldades. O importante
é que a repercussão foi muito boa,
inclusive internacionalmente.
Muitos países que não participaram, visitaram a Bienal e já se manifestaram no sentido de participar da próxima edição", disse.
O curador lamentou ainda a falta de colaboração financeira efetiva por parte do governo federal e
das empresas estatais, a não ser
via renúncia fiscal. Orçado em
cerca de R$ 4 milhões, o evento teve R$ 2 milhões a menos que em
sua quinta edição.
Questionado sobre o balanço
orçamentário final, Belleza responde: "Lucro? Não, não diria
que deu lucro, mas posso dizer
que conseguimos pagar as contas
e nos adaptar financeiramente".
Os levantamentos disponíveis
até o momento não permitem dados detalhados (idade, formação,
ocupação) do público. Segundo a
curadoria, porém, a política de
aumento de maquetes obteve sucesso e deverá ser mantida e ampliada nos próximos anos.
"Ouvi muitos elogios e algumas
críticas. Alguns arquitetos acham
que o número de participantes na
mostra geral deve aumentar -foram 200 nesta edição-, outros
acham que deve diminuir. Tudo
isso será debatido daqui por diante", destacou
Acontecimentos paralelos
Debates, concursos e o lançamento de mais de cem livros marcaram a programação da Bienal
de Arquitetura, centrada no tema
"Viver na Cidade: Arquitetura,
Realidade, Utopia".
Um dos momentos importantes foi a divulgação dos vencedores do Concurso Público Nacional
para a sede do Museu da Tolerância, vencido por José Alves e Juliana Corradini. O edifício deverá
ser instalado em uma área de
5.200 m2 na Cidade Universitária
e tem custo avaliado em R$ 7 milhões.
(GABRIELA LONGMAN)
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