São Paulo, terça-feira, 13 de dezembro de 2005

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ARQUITETURA

180 mil visitaram a mostra em seus 51 dias

Bienal fecha portas, e freqüência empata com a da edição anterior

DA REPORTAGEM LOCAL

A expectativa era atingir 300 mil pessoas, mas passados seus 51 dias, a 6ª edição da Bienal de Arquitetura encerrou-se no domingo com uma visitação equivalente à da edição de 2003. Mesmo com o aumento no número de maquetes e aposta na interatividade do espectador, o público permaneceu estável: cerca de 180 mil pessoas atravessaram o pavilhão nos últimos dois meses.
Segundo o arquiteto e curador Gilberto Belleza, o resultado é extremamente positivo, já que a exposição teve duração menor que a edição anterior e nenhum dia com abertura gratuita.
"Em primeiro lugar, estamos bastante contentes com o fato da Bienal ter acontecido, depois de tantas dificuldades. O importante é que a repercussão foi muito boa, inclusive internacionalmente. Muitos países que não participaram, visitaram a Bienal e já se manifestaram no sentido de participar da próxima edição", disse.
O curador lamentou ainda a falta de colaboração financeira efetiva por parte do governo federal e das empresas estatais, a não ser via renúncia fiscal. Orçado em cerca de R$ 4 milhões, o evento teve R$ 2 milhões a menos que em sua quinta edição.
Questionado sobre o balanço orçamentário final, Belleza responde: "Lucro? Não, não diria que deu lucro, mas posso dizer que conseguimos pagar as contas e nos adaptar financeiramente".
Os levantamentos disponíveis até o momento não permitem dados detalhados (idade, formação, ocupação) do público. Segundo a curadoria, porém, a política de aumento de maquetes obteve sucesso e deverá ser mantida e ampliada nos próximos anos.
"Ouvi muitos elogios e algumas críticas. Alguns arquitetos acham que o número de participantes na mostra geral deve aumentar -foram 200 nesta edição-, outros acham que deve diminuir. Tudo isso será debatido daqui por diante", destacou

Acontecimentos paralelos
Debates, concursos e o lançamento de mais de cem livros marcaram a programação da Bienal de Arquitetura, centrada no tema "Viver na Cidade: Arquitetura, Realidade, Utopia".
Um dos momentos importantes foi a divulgação dos vencedores do Concurso Público Nacional para a sede do Museu da Tolerância, vencido por José Alves e Juliana Corradini. O edifício deverá ser instalado em uma área de 5.200 m2 na Cidade Universitária e tem custo avaliado em R$ 7 milhões. (GABRIELA LONGMAN)


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