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RÁDIO
Emissoras ameaçam
processar ministério
DANIEL CASTRO
da Reportagem Local
Cada vez mais perdendo
anunciantes para as rádios piratas, principalmente nas pequenas cidades, as emissoras
"legais", que têm concessão,
estão lançando nova campanha contra as clandestinas
-são cerca de 6.000 no país.
Nesta semana, a Abert (Associação Brasileira de Emissoras
de Rádio e Televisão) e a Aesp
(Associação das Emissoras de
Rádio e Televisão do Estado de
São Paulo) lançaram um manifesto em que se dizem "perplexas diante da espantosa proliferação das rádios ilegais".
Diz o documento, que está
sendo lido pelas emissoras legais, que as piratas não pagam
impostos (o que é verdade) e
que "colocam em risco milhares de vidas" ao interferir em
aviões, ambulâncias e carros de
polícia, o que é um exagero.
As rádios clandestinas interferem nesse tipo de comunicação quase tanto quanto as legais. E não há nenhum registro
de qualquer tragédia provocada por interferências.
As entidades também notificaram o Ministério das Comunicações e a Anatel de que o governo não está fiscalizando a
radiodifusão clandestina.
"Se não formos atendidos,
vamos entrar com ação judicial
contra o ministro das Comunicações e a Anatel, por prevaricação", ameaça Carlos Colesanti, vice-presidente da Abert.
Pode ser um blefe. Em 96, a entidade também cogitou processar o governo, e nada aconteceu. Até porque as emissoras
são concessionárias públicas.
E-mail: daniel.castro@uol.com.br
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