São Paulo, Sexta-feira, 14 de Janeiro de 2000


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RÁDIO
Emissoras ameaçam processar ministério

DANIEL CASTRO
da Reportagem Local

Cada vez mais perdendo anunciantes para as rádios piratas, principalmente nas pequenas cidades, as emissoras "legais", que têm concessão, estão lançando nova campanha contra as clandestinas -são cerca de 6.000 no país.
Nesta semana, a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) e a Aesp (Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo) lançaram um manifesto em que se dizem "perplexas diante da espantosa proliferação das rádios ilegais".
Diz o documento, que está sendo lido pelas emissoras legais, que as piratas não pagam impostos (o que é verdade) e que "colocam em risco milhares de vidas" ao interferir em aviões, ambulâncias e carros de polícia, o que é um exagero.
As rádios clandestinas interferem nesse tipo de comunicação quase tanto quanto as legais. E não há nenhum registro de qualquer tragédia provocada por interferências.
As entidades também notificaram o Ministério das Comunicações e a Anatel de que o governo não está fiscalizando a radiodifusão clandestina.
"Se não formos atendidos, vamos entrar com ação judicial contra o ministro das Comunicações e a Anatel, por prevaricação", ameaça Carlos Colesanti, vice-presidente da Abert. Pode ser um blefe. Em 96, a entidade também cogitou processar o governo, e nada aconteceu. Até porque as emissoras são concessionárias públicas.

E-mail: daniel.castro@uol.com.br


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