ERIKA PALOMINO
ENVIADA ESPECIAL AO RIO

No terceiro dia do Fashion Rio, a pequenina marca Coven fez ontem um ótimo desfile, o melhor até este ponto no evento, que termina amanhã. Com a presença da modelo holandesa Rianne ten Haken, a grife colocou na passarela ciganas grunges e urbanas, com uma edição inteligente e muito fashion.
Muitas saias, correntes e moedinhas completam o styling, com listras, xadrezes e babados, tendo na sobreposição eficiente o seu maior trunfo. Marrons e vinhos são a base da Coven, expert em malhas e tricôs.
A estamparia é decorativa, mas sem excessos. A feminina e étnica inspiração cigana (como a saia solta com megabolsos, em bom movimento) se mistura a elementos do guarda-roupa masculino, como nos sapatos e nas calças. Entre os melhores looks, a saia de babados assimétricos, quase um patchwork.
As tendências esportivo e masculino também apareceram no desfile da Permanente de Andrea Saletto. A estilista convidou a ilustradora Carla Caffé para desenvolver estampas em homenagem ao Rio. Na moda, uma coleção irregular, com boas sandálias plataforma de madeira, modernas e elegantes ao mesmo tempo. Mas de quando em quando a marca se perde, envelhecendo e encaretando demais. Os melhores momentos são os mais informais, como o vestido de saia de sarja verde militar repuxado embaixo.
A Maria Bonita Extra, de Andrea Marques, foca de novo numa imagem feminina e delicada. A marca desfila um retrozinho doce, feito de saias anos 50, marcadas na cintura e sempre com um tule por baixo. Os vestidos do final, que investem no trabalho de geometria, nem sempre são bem-sucedidos. O melhor é o que tem as fitas sustentando a forma reta -que pode ser usada ou não com o forro embaixo.