da Reportagem Local

Na esfera municipal, a cultura continuou sofrendo com a falta de recursos em 1998.
Nesse cenário, a política do secretário municipal de Cultura Rodolfo Konder, no cargo desde 1993, foi tentar manter a realização de mais de mil pequenos eventos no ano, por toda a cidade, e adiar, mais uma vez, investimentos em infra-estrutura anunciados como prioritários desde o início da administração Celso Pitta.
As bibliotecas são o melhor exemplo do problema. A Mário de Andrade, a maior da cidade, situada na região central, não pôde sofrer as reformas necessárias, como a do sistema de encanamentos. "Isso é efeito de uma obra malfeita anteriormente. Nós vamos resolver os problemas este ano", disse.
Uma nova biblioteca construída em Pinheiros (zona sudoeste de SP) teve de esperar cerca de um ano, depois de inaugurada, até receber o acervo de livros e entrar efetivamente em funcionamento.
A falta de dinheiro prejudicou ainda a temporada de óperas no Teatro Municipal, que vinha sendo considerada uma das principais iniciativas da secretaria, com a não-realização de alguns espetáculos programados para 98.
A saída para 99, segundo o secretário, será apostar na Associação dos Patronos do Teatro Municipal como patrocinador dos espetáculos, diminuindo cada vez mais a participação do dinheiro público.
A parceria com fundações e com a iniciativa privada também garantiu a realização de espetáculos de música no parque Ibirapuera, como o Pão Music, que leva atrações mais populares ao parque uma vez por mês. O Pão de Açúcar arca com os custos da programação, e a Prefeitura, com som, palco e ajuda na organização.
Nos outros finais de semana, é realizado no parque o projeto Passo e Compasso, com atrações de música clássica, totalmente bancado pela secretaria.



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