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ARTES PLÁSTICAS
Em sua 21ª edição, a feira internacional de Madri homenageia a produção contemporânea da Austrália
Arco abre hoje com galerias brasileiras
ANA WEISS
DA REDAÇÃO
Uma das mais importantes vitrines de arte contemporânea do
mundo, a Arco de Madri abre hoje para o público sua 21ª edição
com obras de artistas brasileiros
representados por dez galerias
paulistas. São elas: Marília Razuk,
Gabinete de Arte Raquel Arnaud,
Luisa Strina, Valu Oria, Brito Cimino, André Millan, Baró Senna,
Casa Triângulo, Fortes Vilaça (ex-Camargo Vilaça) e Thomas Cohn.
Este ano a Austrália é o país homenageado pela feira, que fica
aberta até terça-feira no Parque
Ferial Juan Carlos 1º. Participam
do evento 16 galerias australianas.
Com ares de exposição internacional, a feira é dividida em segmentos. Existem módulos que expõem as obras de acervo levadas
pelas galerias e outros que apresentam trabalhos realizados exclusivamente para a ocasião.
Os "Project Rooms" são reservados para instalações feitas especialmente para o evento. Dois
brasileiros participam desse segmento: o veterano Artur Barrio
(um dos grandes detratores da arte comercial da geração dos anos
70), levado pela Luisa Strina, e Cabelo, pela André Millan.
O "Cutting Edge" é núcleo voltado para participações de galerias internacionais. Este ano, o
segmento recebe 52 casas não espanholas, entre elas a galeria Brito
Cimino, que representa obra de
artistas como Nelson Leirner, Daniel Senise e Regina Silveira. Ao
todo, participam da feira 161 galerias estrangeiras e 96 espanholas.
Luisa Strina comparece com
uma bem representada carteira
de artistas. Além de Barrio, sempre bem-recebido na Europa,
Leonilson e Cildo Meireles, a galerista levou para a feira dois dos artistas mais valorizados pelo mercado internacional de arte (segundo dados da Bolsa de Artes do Rio
de Janeiro): Antonio Dias e Tunga, que também tem trabalhos levados pela André Millan.
Pela galeria de Raquel Arnaud,
estão à mostra na feira criações de
Waltércio Caldas, Iole de Freitas,
Carlito Carvalhosa, Elisabeth Jobim, Célia Euvaldo, entre outros
vistos em exposições individuais
durante o ano passado na galeria.
A Valu Oria, que participa pela
quinta vez da feira, levou criações
de 27 artistas para a Arco. Entre
elas, objetos de Marta Strambi,
gravuras de Claudio Mubarac e
Anna Bella Geiger.
Carmela Gross, cuja imensa
obra preparada para o Arte/Cidade, o letreiro luminoso "Dolores",
será acesa hoje, está representada
na Arco pela Raquel Arnaud.
Dela,os espanhóis podem ver
"Expansivo", pintura-objeto de
1987, série de 40 fragmentos em
alumínio fundido feitos para parede. Carmela nunca esteve pessoalmente na feira, mas seus trabalhos são vistos por lá há quatro
anos. Ela acredita que a finalidade
comercial da Arco pode ser uma
"porta de entrada da arte para a
cultura de massa". "Olhando com
cuidado, acham-se obras extraordinárias." De acordo com sua
avaliação, a Arco vende muito
bem.
Com curadoria de Paul Greenaway, a Arco é, além de ótimo ponto de venda, de acordo com opinião de galeristas brasileiros, um
chamariz de olheiros, críticos e
curadores de arte contemporânea. Alfons Hug, curador da 25ª
Bienal, esteve na edição do ano
passado, de onde trouxe algumas
idéias para a exposição que começa no mês que vem.
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