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Obra fica "congestionada"
durante a inauguração
DE NOVA YORK
O dia nublado, o trânsito mais
congestionado do que de costume
em torno de Central Park e a sensação térmica de 1C após uma semana relativamente quente não
evitou que nova-iorquinos e turistas corressem em massa ao
Central Park para o primeiro dia
da instalação "The Gates", no último sábado.
Os passeios de pedestre no parque, sobre os quais foram montados os mais de 7.500 portões cor-de-açafrão, ficaram congestionados. A maioria caminhava continuamente durante a tarde nublada, sem parar, como é do feitio
dos nova-iorquinos. Uns poucos
fotografavam a obra, que pontuou de laranja a de outra forma
cinzenta paisagem de inverno.
"Nova York sofreu tanto nos últimos tempos que qualquer coisa
que sirva para levantar o ânimo
da cidade é ótima", disse Karen
Kreisberg, de Baltimore, que veio
à cidade visitar a tia e a instalação.
"Fico feliz que eles tenham feito
isso sem mexer no dinheiro do
contribuinte", disse, aludindo ao
fato de Christo e Jeanne-Claude
não aceitarem patrocínio e custearem a obra sozinhos, com o dinheiro da venda de gravuras e desenhos de Christo.
Grandiosidade
A parte favorita de Kreisberg foi
a grandiosidade do projeto, escolha na qual ela não estava sozinha.
"Adorei participar de um projeto
tão grande que envolveu tanta
gente", afirmou Betty Ann
Murphy, artista plástica que está
trabalhando como guia da instalação, tirando dúvidas e distribuindo amostras do tecido usado
na obra. "Todo mundo está fazendo perguntas sobre o tamanho da
obra, e poucos sobre o que ela significa. Acho isso interessante, é
bom que cada um tenha sua interpretação", disse.
Os brasileiros que quiserem ver
uma obra de Christo e Jeanne-Claude, no entanto, terão de viajar. O casal de artistas diz não ter
nenhum projeto -nem sequer
uma idéia- para o país.
(LC)
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