da Reportagem Local

Pra não fugir à regra, o segmento que mais cresce na produção gráfica nacional também é o relativo à Internet. Já presentes, mas de maneira tímida, na 4ª Bienal de Design Gráfico, Internet e CD-ROMs ganham agora um segmento específico no evento.
Segundo André Poppovic, diretor da (ADG) Associação de Designers Gráficos e coordenador da bienal, a web e a globalização serviram para democratizar o mercado de produção gráfica, anteriormente nas mãos de poucos profissionais.
"Há uma democratização do mercado, mas ele ainda está muito desorganizado. A web não tem uma linguagem definida. Falta sedimentação para se criar padrões de referência", ressaltou.
Poppovic acredita que o desafio hoje na Internet não é realizar sites criativos, mas lidar com o excesso de informação e segurar o espectador em frente a um site. "Com a facilidade que é dar um clique e mudar de endereço, difícil agora é segurar o internauta".
O curador Ricardo Ohtake, por sua vez, acredita que a euforia já passou e que os computadores são cada vez mais um instrumento para a produção gráfica.
O pesquisador Francisco Homem de Mello ressalta ainda que acesso mais fácil aos computadores incrementou a produção de apresentações e vinhetas televisivas. "A produção gráfica para TV não é mais ditada pela presença de Hans Donner", disse.


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