São Paulo, segunda-feira, 14 de março de 2005

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EVENTO

Festival de cinema e música no Jockey Club de São Paulo exibe hoje o clássico cult "The Rocky Horror Picture Show"

Open Air leva 900 pessoas na abertura

THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

Janis Joplin, Grateful Dead e os Flying Burrito Brothers levaram 900 pessoas na última sexta-feira ao Jockey Club de São Paulo, na abertura do Vivo Open Air. O público era de praticamente metade da capacidade (1.750 pessoas).
Para a noite de abertura, foi exibido "Expresso Festival", documentário sobre uma turnê canadense feita num trem por vários artistas e bandas em 1970.
O grande chamativo do Open Air é a sua tela de 282 m2 colocada ao ar livre, na pista do Jockey. O público pode assistir ao filme das cadeiras ou de pufes. "Começamos a sessão nas cadeiras, mas não estava tão confortável, então viemos para os pufes", disse a publicitária Maria Valeska, 26, acompanhada de uma amiga.
A nutricionista Vivian Buonacorso, 25, e o namorado, o estudante Marcos Fonseca, 22, destacaram o ambiente do evento. "Parece um parque de diversões", disse Vivian. "Além disso, com esse calor, é agradável assistir um filme ao ar livre."
Depois de "Expresso..." foi a vez da parte musical do Open Air. Uma tenda montada na pista recebeu show do produtor Apollo 9 e de DJs da noite Discology.

Cult
Hoje, às 23h30, a enorme tela do evento será ocupada pelo clássico "The Rocky Horror Picture Show", filme que por si só já seria motivo para a existência do termo cult. Rodado em 1975 pelo australiano Jim Sharman -também diretor teatral ("Hair")-, "Rocky Horror" junta Tim Curry, Susan Sarandon e Richard O'Brien numa espécie de colagem musical-thrash baseada numa peça.
A história -chupada até por "Scooby-Doo"-: numa certa noite chuvosa, um casal em viagem tem um problema com o carro e resolve pedir ajuda num castelo. Mas esse não é um castelo comum. Seu morador é Frank N. Furter, um cientista maluco vindo do planeta Transexual.
Naquela noite, o dr. Frank dá vida a um monstrengo enorme cuja função é lhe proporcionar prazer.
A partir daí, a trama nonsense se desenrola, entremeada por números musicais esdrúxulos. O cientista seduz a recém-chegada (que era virgem), e seus discípulos, entre eles o corcunda Riff Raff, entram em briga por ciúme.
O filme foi um fracasso quando estreou nos Estados Unidos. Fora do circuito comercial de cinemas, "Rocky Horror" passou a ser exibido apenas numa única sala em Nova York, à meia-noite. O boca-a-boca correu, e num dado momento a sessão passou a ficar lotada de fãs vestidos a caráter, como os personagens do filme.
"Rocky Horror" ainda é exibido em diversos cinemas americanos e no tradicional Prince Charles, em Londres. No Brasil, foi lançado em vídeo. Sinal de idolatria: em junho, em Las Vegas, haverá a "Rocky Horror Convention".


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