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EVENTO
Festival de cinema e música no Jockey Club de São Paulo exibe hoje o clássico cult "The Rocky Horror Picture Show"
Open Air leva 900 pessoas na abertura
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
Janis Joplin, Grateful Dead e os
Flying Burrito Brothers levaram
900 pessoas na última sexta-feira
ao Jockey Club de São Paulo, na
abertura do Vivo Open Air. O público era de praticamente metade
da capacidade (1.750 pessoas).
Para a noite de abertura, foi exibido "Expresso Festival", documentário sobre uma turnê canadense feita num trem por vários
artistas e bandas em 1970.
O grande chamativo do Open
Air é a sua tela de 282 m2 colocada
ao ar livre, na pista do Jockey. O
público pode assistir ao filme das
cadeiras ou de pufes. "Começamos a sessão nas cadeiras, mas
não estava tão confortável, então
viemos para os pufes", disse a publicitária Maria Valeska, 26,
acompanhada de uma amiga.
A nutricionista Vivian Buonacorso, 25, e o namorado, o estudante Marcos Fonseca, 22, destacaram o ambiente do evento. "Parece um parque de diversões",
disse Vivian. "Além disso, com
esse calor, é agradável assistir um
filme ao ar livre."
Depois de "Expresso..." foi a vez
da parte musical do Open Air.
Uma tenda montada na pista recebeu show do produtor Apollo 9
e de DJs da noite Discology.
Cult
Hoje, às 23h30, a enorme tela do
evento será ocupada pelo clássico
"The Rocky Horror Picture
Show", filme que por si só já seria
motivo para a existência do termo
cult. Rodado em 1975 pelo australiano Jim Sharman -também diretor teatral ("Hair")-, "Rocky
Horror" junta Tim Curry, Susan
Sarandon e Richard O'Brien numa espécie de colagem musical-thrash baseada numa peça.
A história -chupada até por
"Scooby-Doo"-: numa certa
noite chuvosa, um casal em viagem tem um problema com o carro e resolve pedir ajuda num castelo. Mas esse não é um castelo comum. Seu morador é Frank N.
Furter, um cientista maluco vindo
do planeta Transexual.
Naquela noite, o dr. Frank dá vida a um monstrengo enorme cuja
função é lhe proporcionar prazer.
A partir daí, a trama nonsense
se desenrola, entremeada por números musicais esdrúxulos. O
cientista seduz a recém-chegada
(que era virgem), e seus discípulos, entre eles o corcunda Riff
Raff, entram em briga por ciúme.
O filme foi um fracasso quando
estreou nos Estados Unidos. Fora
do circuito comercial de cinemas,
"Rocky Horror" passou a ser exibido apenas numa única sala em
Nova York, à meia-noite. O boca-a-boca correu, e num dado momento a sessão passou a ficar lotada de fãs vestidos a caráter, como
os personagens do filme.
"Rocky Horror" ainda é exibido
em diversos cinemas americanos
e no tradicional Prince Charles,
em Londres. No Brasil, foi lançado em vídeo. Sinal de idolatria:
em junho, em Las Vegas, haverá a
"Rocky Horror Convention".
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