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Trilha busca referências adolescentes
BRUNO YUTAKA SAITO
DA REPORTAGEM LOCAL
A música desempenha um
papel central na vida de Sofia
Coppola, e não apenas pelo fato
de já ter sido casada com Spike
Jonze -que fez fama como diretor de videoclipes- ou namorar o vocalista da banda
Phoenix. Ela vive num círculo
freqüentado por músicos como
a dupla Air e já dirigiu clipes de
Flaming Lips e White Stripes.
Em "Maria Antonieta", a trilha sonora tem um papel ainda
mais decisivo para o significado
da trama do que nos seus longas anteriores, também repletos de canções de bandas indies. Maria Antonieta, nos lembra Sofia, era uma adolescente
e vivia todos os terrores típicos
da idade.
Nada mais coerente, então,
do que usar canções contemporâneas ligadas à juventude,
mesmo numa história do século 18. De bailinhos punk ("Hong
Kong Garden", de Siouxsie &
the Banshees) a hinos da rebeldia comportada ("What Ever
Happened", do Strokes), passando pelo hedonismo do New
Order ("Ceremony"), a trilha
deságua na morte (fim da adolescência?) com a lúgubre "All
Cats Are Grey", do Cure.
MARIE ANTOINETTE (trilha)
Lançamento: Universal (R$ 42, em média)
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