São Paulo, quarta-feira, 14 de março de 2007

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Trilha busca referências adolescentes

BRUNO YUTAKA SAITO
DA REPORTAGEM LOCAL

A música desempenha um papel central na vida de Sofia Coppola, e não apenas pelo fato de já ter sido casada com Spike Jonze -que fez fama como diretor de videoclipes- ou namorar o vocalista da banda Phoenix. Ela vive num círculo freqüentado por músicos como a dupla Air e já dirigiu clipes de Flaming Lips e White Stripes.
Em "Maria Antonieta", a trilha sonora tem um papel ainda mais decisivo para o significado da trama do que nos seus longas anteriores, também repletos de canções de bandas indies. Maria Antonieta, nos lembra Sofia, era uma adolescente e vivia todos os terrores típicos da idade.
Nada mais coerente, então, do que usar canções contemporâneas ligadas à juventude, mesmo numa história do século 18. De bailinhos punk ("Hong Kong Garden", de Siouxsie & the Banshees) a hinos da rebeldia comportada ("What Ever Happened", do Strokes), passando pelo hedonismo do New Order ("Ceremony"), a trilha deságua na morte (fim da adolescência?) com a lúgubre "All Cats Are Grey", do Cure.


MARIE ANTOINETTE (trilha)     
Lançamento: Universal (R$ 42, em média)


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