São Paulo, sábado, 14 de abril de 2007

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Bad Religion mistura novo e velho em show

Um dos pilares do punk-hardcore, o grupo toca em São Paulo; repertório terá canções dos mais antigos e dos mais recentes álbuns

THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

Banda com mais de 25 anos de estrada, o Bad Religion mostrará seus dois opostos no show que realiza em São Paulo, hoje à noite, no Credicard Hall.
Opostos temporais, mas semelhantes na energia roqueira. Porque a apresentação de hoje, segundo o vocalista do grupo, Greg Graffin, será calcada, principalmente, nos primeiros e nos mais recentes anos de vida do Bad Religion.
"Estamos na perna final da turnê do nosso último álbum.
No show, pegamos canções do primeiro período e misturamos com coisas dos dois discos mais recentes. E talvez tocaremos uma música do próximo álbum", contou, por telefone.
O último álbum é "The Empire Strikes First", de 2004, que sucedeu "The Process of Belief" (02). O próximo será "New Maps of Hell", previsto para chegar às lojas em julho.
Todos esses álbuns foram/ serão lançados pelo selo Epitaph, cujo dono é Brett Gurewitz, guitarrista do Bad Religion. Foi no Epitaph que a banda começou, lá atrás, com, por exemplo, "How Could Hell Be Any Worse?" (82), "Suffer" (88) e "No Control" (89) e "Against the Grain" (90), álbuns que posicionaram o Bad Religion como um dos pilares do punk-hardcore norte-americano.
Entre 1993 e 2000, a banda lançou por meio da major Atlantic (subsidiária da Sony).
A mudança levou fãs a reclamarem de uma mudança de caminho da música do grupo. "Não acho que o som tenha mudado. Muita gente não gostou da direção das letras. Isso não foi por estarmos em uma grande gravadora, mas porque meu parceiro, Brett, não estava comigo [o guitarrista havia deixado a banda]."
"Mas a mudança [de gravadora] foi importante por causa da distribuição dos discos, nem tanto pelas vendagens. Depois que assinamos com a Atlantic, percebemos que tínhamos público em vários países, inclusive no Brasil. Porque a Atlantic tinha distribuilçao internacional. Nós não conseguiríamos tocar em vários países estando em uma gravadora independente. Hoje as coisas mudaram.
A Epitaph tem distribuição em vários locais do mundo." Graffin é, além de vocalista do Bad Religion, professor de biologia da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. "Em aula, sou um profesor, e não um punk rocker. Dou aos alunos liberdade para falarem sobre qualquer assunto. Depois das aulas alguns até conversam sobre música", brinca.


BAD RELIGION
Quando:
hoje, às 22h
Onde: Credicard Hall (av. das Nações Unidas, 17.955, São Paulo; tel. 0/xx/11/6846-6010)
Quanto: de R$ 90 a R$ 240


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