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Bad Religion mistura novo e velho em show
Um dos pilares do punk-hardcore, o grupo toca em São Paulo; repertório terá canções dos mais antigos e dos mais recentes álbuns
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
Banda com mais de 25 anos
de estrada, o Bad Religion mostrará seus dois opostos no show
que realiza em São Paulo, hoje à
noite, no Credicard Hall.
Opostos temporais, mas semelhantes na energia roqueira.
Porque a apresentação de hoje,
segundo o vocalista do grupo,
Greg Graffin, será calcada,
principalmente, nos primeiros
e nos mais recentes anos de vida do Bad Religion.
"Estamos na perna final da
turnê do nosso último álbum.
No show, pegamos canções do
primeiro período e misturamos
com coisas dos dois discos mais
recentes. E talvez tocaremos
uma música do próximo álbum", contou, por telefone.
O último álbum é "The Empire Strikes First", de 2004, que
sucedeu "The Process of Belief"
(02). O próximo será "New
Maps of Hell", previsto para
chegar às lojas em julho.
Todos esses álbuns foram/
serão lançados pelo selo Epitaph, cujo dono é Brett Gurewitz, guitarrista do Bad Religion. Foi no Epitaph que a banda começou, lá atrás, com, por
exemplo, "How Could Hell Be
Any Worse?" (82), "Suffer" (88)
e "No Control" (89) e "Against
the Grain" (90), álbuns que posicionaram o Bad Religion como um dos pilares do punk-hardcore norte-americano.
Entre 1993 e 2000, a banda
lançou por meio da major
Atlantic (subsidiária da Sony).
A mudança levou fãs a reclamarem de uma mudança de caminho da música do grupo.
"Não acho que o som tenha
mudado. Muita gente não gostou da direção das letras. Isso
não foi por estarmos em uma
grande gravadora, mas porque
meu parceiro, Brett, não estava
comigo [o guitarrista havia deixado a banda]."
"Mas a mudança [de gravadora] foi importante por causa
da distribuição dos discos, nem
tanto pelas vendagens. Depois
que assinamos com a Atlantic,
percebemos que tínhamos público em vários países, inclusive no Brasil. Porque a Atlantic
tinha distribuilçao internacional. Nós não conseguiríamos
tocar em vários países estando
em uma gravadora independente. Hoje as coisas mudaram.
A Epitaph tem distribuição em
vários locais do mundo."
Graffin é, além de vocalista
do Bad Religion, professor de
biologia da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. "Em
aula, sou um profesor, e não um
punk rocker. Dou aos alunos liberdade para falarem sobre
qualquer assunto. Depois das
aulas alguns até conversam sobre música", brinca.
BAD RELIGION
Quando: hoje, às 22h
Onde: Credicard Hall (av. das Nações Unidas, 17.955, São Paulo; tel.
0/xx/11/6846-6010)
Quanto: de R$ 90 a R$ 240
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