São Paulo, quarta-feira, 14 de abril de 2010
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CONEXÃO POP Disco(s) do ano
THIAGO NEY DA REPORTAGEM LOCAL MUITO ASSUNTO para pouco espaço, então rapidinho: na sexta estreia no Reino Unido "Boogie Woogie", que está sendo chamado de ""O Diabo Veste Prada" do mundo das artes". Em "Boogie Woogie", que traz no elenco Gillian Anderson e Heather Graham, galeristas, artistas, colecionadores e compradores bissextos se misturam em uma engrenagem movida a vaidade, inveja, sexo, falta de escrúpulos e artistas medíocres sobrevalorizados. Tudo isso no Reino Unido dos anos 90 -a época em que surgiram os Young British Artists. Quem já viu o longa afirma que gente como Jay Jopling, o fundador da hypada White Cube, em Londres, e o veterano marchand Anthony d'Offay "inspiraram" alguns personagens de "Boogie Woogie". 
"O Twitter encontra o iTunes", cravou o "Daily Telegraph". "[O site] tem potencial", avalia o "Sunday Times". Eles estão falando sobre o mFlow (www.mflow.com/), plataforma que combina rede social e download de músicas. Como um Twitter, você pode seguir e ser seguido por outras pessoas, além de ter direito a ouvir 30 segundos das músicas contidas no serviço. Se quiser, compra o arquivo. Se um seguidor comprar a música após uma indicação sua, você ganha 20% de desconto na próxima canção que comprar. Assim, se cinco pessoas comprarem a música, você ganha 100% de desconto na próxima faixa que for adquirir. O serviço estreia oficialmente amanhã, por enquanto apenas no Reino Unido.
MP3, mFlow, iTunes. Nada disso importará no sábado, quando acontece o Independent Record Store Day, o dia da loja independente de música. Em 18 países, centenas de lojas receberão shows e venderão discos raros de gente como Beatles e Stones.
"This Is Happening" chegou. O terceiro disco do LCD Soundsystem apareceu na rede na noite de segunda. Para contextualizar: com seu segundo álbum, "Sound of Silver" (07), o LCD criou um dos três discos emblemáticos dos anos 00. Não era mais "o-rock-encontra-a-eletrônica", e sim "rock-e-eletrônica-como-uma-coisa-só". Bem, "This Is Happening" já sai perdendo: impossível provocar o impacto causado pelo antecessor. Mas o disco revira o pós-punk, a disco, o kraut rock e a house e cria algo original e surpreendente. As faixas são longas, mas fluem naturalmente, sem excessos. "All I Want" é suja, roqueira. "Home", "You Wanted a Hit", "Pow Pow" e "One Touch": monumentais. O outro disco do ano? "More!", do Booka Shade. Na eletrônica, os produtores costumam fazer faixas "para dançar" e faixas "para ouvir em casa". O Booka Shade consegue fazer faixas para dançar E para ouvir em casa. Melodias elásticas, batidas simples e eficientes. Lindo. thiago.ney@uol.com.br Texto Anterior: CDs/DVDs Próximo Texto: Artigo: James Cameron, o mala sem alça na versão em 3D Índice |
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