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Júri selecionará vencedor "entre a emoção e a reflexão"
DA ENVIADA A CANNES
Presidido pela atriz francesa
Isabelle Huppert, o júri do 62º
Festival de Cannes deixou claro ontem que poderá escolher
como vencedor da disputa pela
Palma de Ouro não o filme de
que mais gostou, mas sim o que
mais lhes deu o que pensar.
A ideia foi primeiramente expressa pelo diretor turco Nuri
Bilge Ceylan ("Climas", "3 Macacos"), quando falava sobre
como pretende agir no júri.
"Vou desconfiar muito de
mim. Sempre me aconteceu de
odiar um filme na primeira impressão e depois ver que ele se
tornou um dos filmes da minha
vida. Então, não vou procurar
ouvir apenas o meu coração
mas também o meu cérebro."
Huppert concordou "inteiramente" com Ceylan e acrescentou: "Filme não é só emoção. É
também o que nos faz refletir.
Tendo a estar próxima de algo
entre a emoção e a reflexão". A
atriz disse que "o histórico da
premiação da Palma de Ouro
nos conta que nem sempre soubemos apreciar as obras no momento em que apareceram".
Um jornalista pediu a Huppert que comentasse o lado "diplomático" de presidir o júri. A
atriz respondeu: "Pode ser que
haja conflitos. Mas é como reação química, só acontece quando os elementos se juntam".
A exibição dos 20 concorrentes à Palma de Ouro começa
hoje, com "Fish Tank", da britânica Andrea Arnold, e
"Spring Fever", do chinês Lou
Ye. O resultado sairá no dia 24.
Além de Huppert, duas vezes
melhor atriz em Cannes, e de
Ceylan, já premiado no festival,
formam o júri os cineastas James Gray (EUA) e Lee Chang-dong (Coreia do Sul), o escritor
inglês Hanif Kureish e as atrizes Asia Argento (Itália), Shu
Qi (China), Sharmila Tagore
(Índia) e Robin Wright Penn.
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