São Paulo, quinta-feira, 14 de maio de 2009

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Júri selecionará vencedor "entre a emoção e a reflexão"

DA ENVIADA A CANNES

Presidido pela atriz francesa Isabelle Huppert, o júri do 62º Festival de Cannes deixou claro ontem que poderá escolher como vencedor da disputa pela Palma de Ouro não o filme de que mais gostou, mas sim o que mais lhes deu o que pensar.
A ideia foi primeiramente expressa pelo diretor turco Nuri Bilge Ceylan ("Climas", "3 Macacos"), quando falava sobre como pretende agir no júri.
"Vou desconfiar muito de mim. Sempre me aconteceu de odiar um filme na primeira impressão e depois ver que ele se tornou um dos filmes da minha vida. Então, não vou procurar ouvir apenas o meu coração mas também o meu cérebro."
Huppert concordou "inteiramente" com Ceylan e acrescentou: "Filme não é só emoção. É também o que nos faz refletir. Tendo a estar próxima de algo entre a emoção e a reflexão". A atriz disse que "o histórico da premiação da Palma de Ouro nos conta que nem sempre soubemos apreciar as obras no momento em que apareceram".
Um jornalista pediu a Huppert que comentasse o lado "diplomático" de presidir o júri. A atriz respondeu: "Pode ser que haja conflitos. Mas é como reação química, só acontece quando os elementos se juntam".
A exibição dos 20 concorrentes à Palma de Ouro começa hoje, com "Fish Tank", da britânica Andrea Arnold, e "Spring Fever", do chinês Lou Ye. O resultado sairá no dia 24.
Além de Huppert, duas vezes melhor atriz em Cannes, e de Ceylan, já premiado no festival, formam o júri os cineastas James Gray (EUA) e Lee Chang-dong (Coreia do Sul), o escritor inglês Hanif Kureish e as atrizes Asia Argento (Itália), Shu Qi (China), Sharmila Tagore (Índia) e Robin Wright Penn.


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