São Paulo, quinta-feira, 14 de maio de 2009

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Crítica

"Odisseia" de Kubrick aspira intemporalidade

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Entre "2001: Uma Odisseia no Espaço" (TCM, 23h30, não indicado para menores de 12 anos) e "Alphaville", minha preferência em matéria de ficção científica vai para o segundo, mas admito que isso é muito pessoal. O que me faz gostar de "Alphaville" é a incapacidade de Godard de trapacear com o tempo: ele faz o filme em 1965 e, naquele tempo como agora, sabemos que está em 1965. Isso está nos telefones, isqueiros, ternos, máquinas fotográficas etc. A ficção científica sempre tem como parâmetro, afinal, o seu tempo.
Já em "Uma Odisseia no Espaço", de Stanley Kubrick, o que se pode admirar são outras coisas. O fato de o filme parecer flutuar tanto quanto seus personagens, por exemplo. A elipse do osso do macaco, claro. Os trajes dos astronautas, seu silêncio, sua concentração. Justamente, o filme aspira a certa intemporalidade, mas também ao documentário, a mostrar o trabalho do homem no espaço. E do que não gostar? Daquele monólito todo enigmático do final: estraga minha viagem.


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