São Paulo, sexta-feira, 14 de maio de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Crítica

Filme inglês se sustenta no contraste entre atores

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Uma parte da fama dos atores ingleses vem do fato de que é em torno deles que gravita o cinema inglês.
Mesmo um filme agradável, como "Simplesmente Feliz" (Cinemax, 22h; 14 anos), de Mike Leigh, sustenta-se, em grande medida, sobre o contraste entre a sempre alegre Sally Hawkins e o sempre estressado Eddie Marsan, o instrutor de autoescola.
Ninguém estranhará que ambos, Marsan e Hawkins, tenham ganho uma penca de prêmios de interpretação.
É verdade que o diretor Mike Leigh também se destacou. Mas a primeira recomendação que se pode dar sobre o longa-metragem é: veja por causa dos atores.
Talvez isso se dê porque a ficção, no que diz respeito ao instrutor, desanda a partir de horas tantas e entra por desvãos menos fascinantes do que no início. Ou porque a tradição inglesa dê tanto relevo ao ator.
Mas Leigh tem um gosto por esses encontros paradoxais entre personagens. Ainda uma vez, eles aqui funcionam. Graças aos atores, claro.


Texto Anterior: Televisão/O melhor do dia
Próximo Texto: José Simão: Álbum da Copa! A seleção não cola!
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.