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Crítica/"Os Homens que Não Amavam..."
Suspense ágil se perde em clichês e impessoalidade
RICARDO CALIL
CRÍTICO DA FOLHA
Baseado no best-seller do
sueco Stieg Larsson,
"Os Homens que Não
Amavam as Mulheres" aborda
"grandes questões": o papel político da imprensa, a manipulação por corporações, a herança
nazista europeia e a misoginia.
Mas, na essência, o filme é
um clássico "whodunit", em
que o mistério central é a identidade do autor do crime.
Condenado por publicar denúncias supostamente falsas
contra uma corporação, o jornalista Mikael Blomkvist (Michael Nyqvist) é contratado para um serviço particular que
parece fadado ao fracasso.
O industrial Henrik Vangler
(Sven Bertil-Taube) o convence a descobrir quem matou, 40
anos antes, a querida sobrinha.
Ele recebe ajuda da misteriosa
Lisbeth (Noomi Rapace, em interpretação marcante) e descobre uma rede de violência que
supera o desaparecimento.
O diretor Niels Arden Oplev
mantém muitas virtudes do livro: o ritmo ágil (apesar de ter
duas horas e meia), o estilo sem
firulas e a capacidade de prender a atenção. Porém, a direção
é impessoal e afeita a clichês.
É fácil imaginá-lo como um
thriller com George Clooney ou
Brad Pitt e cenas menos explícitas de violência sexual. Como
os direitos foram comprados
para uma versão americana, isso deve se realizar em breve.
OS HOMENS QUE NÃO
AMAVAM AS MULHERES
Direção: Niels Arden Oplev
Produção: Suécia, 2009
Com: Michael Nyqvist, Noomi Rapace e
Lena Endre
Onde: nos cines Belas Artes, Kinoplex
Itaim e circuito
Classificação: 16 anos
Avaliação: regular
Leia entrevista com o
diretor Niels Arden Oplev
www.folha.com.br/101332
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