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GASTRONOMIA
Boa Mesa levanta um brinde aos vinhos
JORGE CARRARA
Colunista da Folha
Se numa boa mesa não pode faltar um bom vinho, então aproveite
e entorne taças cheias de tinto português, esvazie garrafas do Piemonte e da Toscana, beba amostras importadas da Austrália e termine, saciado, experimentando
"espécimes" argentinas e chilenas.
Para quem tem sede de goles rubros de primeira, o Boa Mesa 99 levanta um brinde saboroso e cosmopolita. O departamento das degustações é uma das coqueluches
do maior evento de gastronomia
do país (criado por Josimar Melo,
crítico gastronômico da Folha).
Entre as principais atrações está
o estande do Alentejo (sul de Portugal), região que oferece tintos em
plena ascensão. O visitante pode
degustar cerca de 50 diferentes vinhos com Joaquim Madeira, uma
das personalidades do mundo vinícola desse bonito canto lusitano.
Formado em agricultura em universidades de Portugal, França e
Espanha, Madeira atua na diretoria da Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo e da Comissão
Vitivinícola Regional Alentejana.
Em entrevista à Folha, explicou
que as principais virtudes do vinho
tinto alentejano estão alicerçadas
"na sua capacidade de adquirir
harmonia e elegância já no segundo ou terceiro ano de idade, no seu
padrão constante ano após ano e
nos seus produtores, tecnologicamente bem apetrechados".
De quebra, quem lá encoste para
conferir os atrativos dos vinhos do
lugar terá a oportunidade de experimentar alguns goles inéditos no
país, como os da Tapada do Chaves, Monte do Pintor, Quinta do
Mouro e Herdade Grande.
Madeira troca de palco para dirigir uma prova de vinhos de ponta
alentejanos que inclui clássicos como o José de Souza Mayor.
A Expand participa do programa
com três degustações inspiradas
na comparação entre três importantes países do planeta vinho, pilotadas pelo sommelier italiano
Stéfano Zaunier e o enólogo Marcelo Ribeiro. "Borgonha versus
Bordeaux" verterá nos copos tintos e brancos franceses de produtores do nível de Leflaive e Moieux.
Em outra degustação, de vinhos da
"bota", Chiantis (Fonterutoli) e
Brunellos da Toscana enfrentarão
Barolos e Barberas piemonteses.
Os "alunos" poderão experimentar ainda alguns vinhos top do Cone Sul, no estilo do argentino Norton Perdriel del Centenario 95 e do
chileno Seña, um tinto (caríssimo)
desenhado ao pé da cordilheira.
A Mistral Importadora também
dividiu a sua artilharia entre o Velho e o Novo Mundo. Uma prova
de vinhos europeus está integrada
por vinhos italianos e mescla
exemplares de cepas nativas (entre
eles o Granato 95, de uvas Teroldego) e estrangeiras, como o concentrado tinto Maurizio Zanella 95
(corte de Cabernet Sauvignon,
Merlot e Cabernet Franc). A do
Novo Mundo descortinará interessantíssimos goles australianos, como os rubros Rosemount Traditional e Michael Shiraz, da Wynns.
A Muanis, com um dos seus proprietários na batuta (Sylvio Rocha), regerá uma degustação dos
champanhes da Bollinger. Quatro
espumantes dessa prestigiosa casa
francesa serão oferecidos à platéia.
Abrem a série borbulhante o Special Cuvée e o Grande Anée 90.
Completam a apresentação dois
R.D. (carros-chefes da maison),
champanhes envelhecidos no mínimo oito anos, quando ganham
paladar rico, complexo e cremoso.
Por fim, quando não sobrar mais
gota sobre gota, sente-se à mesa
com o especialista Beto Ranieri e
participe de uma degustação de
"habanos" (charutos cubanos).
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