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CINEMA - "FORÇAS DO DESTINO"
Affleck usa Bullock para "horas difíceis"
CLAUDIO CASTILHO
especial para a Folha, em Los Angeles
Ben Affleck e Sandra Bullock não
parecem formar o mais convincente dos casais. No entanto, foram escalados para viver o par da
comédia romântica "Forças do
Destino", primeiro filme do gênero produzido pela DreamWorks,
que estréia hoje no Brasil.
Em "Forças do Destino", Ben Affleck interpreta o nova-iorquino
Ben, que embarca para a cidade sulista de Savannah, onde em poucos
dias ele tem casamento marcado
com Bridget (Maura Tierney). Só
que antes disso, literalmente, muitas águas rolam após seu encontro
com Sarah (Sandra Bullock).
Ben Affleck e Sandra Bullock
sentaram lado a lado para uma
conversa com a Folha. O ator não
quis conceder a entrevista separadamente, como em geral é feito
-alguns especularam que era
porque ele não desejava falar sobre
o término de seu namoro com
Gwyneth Paltrow. Leia a seguir os
principais trechos do bate-papo.
Folha - O que pensavam um do
outro antes de se conhecerem?
Ben Affleck - Pensei que Sandra
Bullock fosse uma pessoa meio
bestinha como algumas estrelas
em Hollywood (risos).
Sandra Bullock - Tal como as que
você costuma sair?
Affleck - Não saio com estrelas do
cinema, simplesmente conheço algumas delas. A verdade é que você,
Sandra, é uma pessoa simples e
bem normal para quem não bate
muito bem da bola (risos).
Folha - O que você esperava de
Ben?
Bullock - Confesso que nada. Eu o
vi no filme "Procura-se Amy" e depois em "Gênio Indomável", como
a outra metade de Matt Damon.
Não esperava muito de você não,
Ben. Mas você me surpreendeu
com seu talento e honestidade.
Affleck - Especialmente quando
eu lhe disse logo de cara que minha
tarefa era a de salvar sua carreira
(risos). Estou brincando. Sandra e
eu nos tornamos grandes amigos.
Ela é uma pessoa com uma incrível
capacidade de saber o que quer
tanto profissionalmente quanto
longe das câmeras. Trabalharmos
juntos foi uma experiência e tanto.
Não existe pior coisa que contracenar com alguém que você detesta.
Folha - Como quem?
Affleck - Prefiro não apontar nomes para não dar uma de mal-educado, mas admito que já trabalhei
com gente irritante e pernóstica.
Folha - Matt Damon, por exemplo? (risos)
Affleck - Ah, claro.
Bullock - Não me acho tão boazinha e perfeita assim. Também fico
furiosa de vez em quando.
Affleck - Principalmente quando
as pessoas tentam saber de sua vida amorosa, não é?
Bullock - Ben, não me provoque.
Você quer que eu comece a falar de
sua vida amorosa agora? (risos)
Affleck - Mudemos de assunto.
Folha - O que os levaram a fazer
esse filme?
Affleck - Gostei do dilema vivido
por meu personagem e do humor
contido no roteiro. Outra coisa que
me chamou a atenção foi o fato de
ser uma comédia romântica completamente imprevisível.
Bullock - Em princípio eu não
quis embarcar nesse projeto porque não queria fazer outra comédia romântica. As que eu fiz foram
umas porcarias. Mas foi Jeffrey
Katzenberg que me convenceu a
fazer "Forças do Destino". Ele me
pediu para ler o roteiro com atenção e ao fazê-lo percebi que tinha
nas mãos um projeto diferente.
Folha - Sandra, por que você partiu para produção de filmes?
Affleck - É que ela quer fazer muito mais dinheiro (risos).
Bullock - Não faço um tostão
quando produzo, se você quer saber. Gosto de criar oportunidades
para que outros atores consigam o
sucesso. E, ao produzir, fico fascinada com a possibilidade de fazer
coisas não convencionais, levar
adiante projetos originais.
Folha - Qual foi a cena mais divertida durante as gravações de
"Forças do Destino"?
Affleck - Posso responder essa?
Bem, obviamente a cena em que
Sandra está no outro quarto tirando a roupa. Nas gravações eu fiquei
caminhando para lá e para cá e de
vez em quando eu dava uma olhadinha para vê-la pelada. Essa parte
foi bem interessante. Não sei por
que, mas foi divertido (risos).
Folha - Ben, por que não quis
conceder entrevista sozinho?
Affleck - Eu estava com medo.
Não, a verdade é que eu adoro estar
acompanhado de meus amigos
sempre que possível. Assim foi e
ainda é com Matt Damon. Com
Sandra sinto um prazer enorme de
estar ao seu lado. Até mesmo nas
horas mais difíceis, como em entrevistas à imprensa (risos).
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