São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 2006

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Rodin Bahia será aberto no fim do ano

Museu com 62 gessos e 4 bronzes do escultor francês tem abertura prevista para ocorrer entre novembro e dezembro

Projeto custou R$ 11 milhões e inclui anexo contemporâneo, um prédio de concreto aos fundos de palacete eclético de 1912


MARIO GIOIA
ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR

Um palacete de estilo eclético em Salvador, do ano de 1912, está pronto para sediar o museu Rodin Bahia. Terminadas as obras de restauro, reforma e construção de um anexo, a inauguração do museu com obras do precursor da escultura moderna Auguste Rodin (1840-1917) está prevista para ocorrer entre novembro e dezembro deste ano, segundo o secretário de Cultura e Turismo da Bahia, Paulo Gaudenzi.
Os custos do projeto, que vem desde 2001, são de R$ 11 milhões, dos quais R$ 5,7 milhões são originários de financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Dentro desse orçamento, o governo da Bahia adquiriu quatro esculturas em bronze do museu Rodin francês, totalizando cerca de R$ 3,30 milhões na compra.
A sede do museu Rodin cederá, em comodato, 62 gessos que serão transferidos para Salvador até o final do ano. Uma equipe francesa também irá verificar as condições de segurança e climatização do espaço.
Os quatro bronzes -"O Homem que Anda sobre a Coluna", "Jean de Fiènnes Nu", "A Mártir" e "Torso de Sombra"- ficarão nos jardins do museu. Já os gessos ficarão nas dependências do palacete Martins Catharino, localizado no bairro nobre da Graça e uma das raras construções em estilo eclético ainda conservadas na cidade.
Um destaque do projeto é o edifício anexo ao palacete, assinado por Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz, do escritório Brasil Arquitetura, cujo espaço será dedicado a exposições temporárias e reserva técnica, entre outras funções.
O prédio de concreto não se choca com a arquitetura tradicional do palacete. "Os dois edifícios não se submetem nem se sobrepõem um ao outro. Acho que têm uma boa relação de convivência", diz Ferraz, cujo projeto inclui uma passarela que liga os dois prédios e um elevador moderno no palacete.


O jornalista MARIO GIOIA viajou a convite da Associação Bahiana de Arte e Cultura

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