São Paulo, terça-feira, 14 de setembro de 2004

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NOTAS

FUNK EUROCARIOCA
A dupla brasileira radicada em Londres fez prévia do que pode ser seu instante mais radical: aprofundou o ataque às delimitações entre feminino e masculino, mas agora também entre classes sociais e nacionalidades. A linguagem é a do funk carioca (em português), em tom chulo e explícito, mais imagens ácidas sobre violência, hipocrisia sexual, Apartheid social, nudez, melancolia, humor... (PAS)

VINHO
No meio de tanta novidade, Laurent Garnier pode ser considerado "velho" com seus 38 anos, mas provavelmente só alguém com tanta experiência faz algo como o que ele fez ao fechar o Credicard Hall no domingo de manhã. Em duas horas, Garnier passeou por um tecno de inclinações jazzística, tocou drum'n'bass, house, reggae e clássicos, como "Outter Space", do Prodigy. Memorável. (THIAGO NEY)

MESTRE DO SCRATCH
A técnica de Kid Koala era impressionante. Mas não um fim em si mesma. No solo de trompete feito apenas com scratches, o canadense mostrou que está empenhado em usar realmente o toca-discos como instrumento. Também soube trabalhar bem referências conhecidas (Cure, Tears for Fears, Radiohead e outros), numa combinação final de um DJ inteligente e de um músico da nova era. (SHIN OLIVA SUZUKI)

PUNK-CABEÇA
Se a idéia do sonarsound era colocar o povo para pensar, o Liars parecia uma incompreensível instalação. A idéia era chocar. Conseguiram. Da barulheira que lembrava Sonic Youth do começo às bizarrices do vocalista, exímio engolidor de microfones, o Liars só confundia. Inúmeros pedais nos instrumentos criavam o clima deste show caótico. Para quem acredita em protestos sônicos. (BRUNO YUTAKA SAITO)


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