São Paulo, sexta-feira, 14 de setembro de 2007

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Televisão/Crítica

"Terapia do Amor" aponta cineasta promissor

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A psicanálise americana, a julgar por como é representada nos filmes, resume-se em boa medida às conversas interpessoais envolvendo uma pessoa dotada de bom senso (o terapeuta) e outra não (o paciente).
Não é diferente em "Terapia do Amor" (TC Premium, 20h05), ao menos até o ponto em que o diretor-roteirista Ben Younger propõe uma variável interessante: e o que ocorre quando a "pessoa de bom senso" é deslocada de sua poltrona e tem de confrontar a vida real?
No encaminhamento concreto da situação, Younger propõe que uma paciente (Uma Thurman) esteja envolvida com o filho de sua terapeuta (Meryl Streep). Estamos, portanto, em uma comédia "screwball", comédia maluca.
O que não quer dizer inconseqüente. É verdade que Streep toma conta do filme com tal força -e que Thurman é tão eficiente ao levantar-lhe a bola- que quase esquecemos a existência de um modesto artesão observando essa demência terapêutica. Artesão, talvez autor: veremos.


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