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Malraux na Espanha
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
A importância de André
Malraux é como escritor e,
depois, como político. O cinema entrou em sua vida
por vezes de maneira infeliz
(quando, em 68, resolveu tirar a Cinemateca Francesa
de seu fundador, Henri
Langlois -deu com os burros n'água).
Entrou também quando
fez "A Esperança" (Telecine Classic, 22h), filme de
1939 sobre a Guerra Civil
Espanhola, vista a partir de
Teruel e em torno do combate dos republicanos contra as forças franquistas.
Como muitos outros intelectuais, Malraux lutou na
Espanha, de onde não ser
de estranhar a pessoalidade
do resultado, onde se pode
detectar, como o fez Georges Sadoul, a presença da
escola soviética, mas também uma prefiguração do
neo-realismo. Assim como
seu nome, "Esperança" é
indispensável.
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