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LITERATURA
Autor português voltou a criticar Fidel e Sharon
Em SP, Saramago diz que ascensão da esquerda não significa muito
CASSIANO ELEK MACHADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Em sua segunda visita ao Brasil
neste ano, para participar de um
congresso sobre educação em São
Paulo, José Saramago voltou a colocar na mesa opiniões polêmicas
sobre política internacional.
Em entrevista no início da tarde,
no Anhembi, ele retomou declarações polêmicas dadas sobre os
governos Sharon e Fidel Castro.
Sobre o primeiro, reafirmou o
que disse em março passado sobre a relação do governo israelense com os palestinos.
"Havia dito que o espírito de
Auschwitz estava presente em Ramallah e afirmo que ainda está.
Estão construindo ali um muro
que nos faz recordar os guetos",
disse. "Os judeus saíram, felizmente, do gueto e estão a repetir
os mesmo crimes que sofreram
seus antepassados."
O povo de Cuba foi outro assunto do Nobel de Literatura de 1998.
Como já havia feito na semana
passada, em entrevista a jornal de
Havana, disse que rompeu com
Cuba, não com o povo cubano.
Depois de criticar o modelo político de Fidel Castro, Saramago
salientou que a ascensão de governos "de esquerda" na América
Latina não significa muito.
O escritor falou que o que se
passa na Venezuela é o que mais
lhe chama a atenção. "Poucas vezes se viu de forma tão esquemática uma luta de classes como temos por lá." Saramago terminou
pedindo que o povo brasileiro
não espere que Lula seja um redentor. "Não peçam milagres a
um homem, mesmo que este homem se chame Lula."
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