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"Casa dos Artistas", versão do SBT para o "reality show", empata por 2 minutos com "O Clone"
O pai bilionário do "grande irmão"
No auge da crise do entretenimento, a Endemol, criadora de "Big Brother", tem aumento de 73,4% em seu faturamento
LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
"Big Brother", centro da disputa
judicial entre Globo e SBT, não é
"só" capaz de causar um dos
maiores conflitos da TV brasileira. Graças ao fenômeno, a Endemol, criadora do "reality show",
teve um crescimento de 73,4% em
seu faturamento no primeiro semestre deste ano, em plena crise
do mercado de entretenimento.
A empresa holandesa, que faz
parte do grupo espanhol Telefónica desde 2000, faturou, no ano
passado, o equivalente a R$ 1,4 bilhão. Nos primeiros seis meses de
2001, o faturamento corresponde
a cerca de R$ 1 bilhão.
Formada em 94, da união das
produtoras de Joo van den Ende e
John de Mol (daí o nome), a Endemol tem hoje filiais e parceiros
em mais de 20 países. No ano passado, produziu cerca de 300 programas, ficando cerca de 14 mil
horas no ar em vários países.
Hoje há aproximadamente 500
atrações em seu "catálogo" de
produtos para a TV e outras áreas
do entretenimento (detém, por
exemplo, os direitos de produção
do "Holiday on Ice"). "Big Brother" e outros "reality shows" famosos equivalem a apenas 20%
do que é vendido pela empresa.
Mas, pelo sucesso mundial, "Big
Brother", que confina pessoas numa casa, é seu carro-chefe. Foi o
que atraiu a TV Globo para uma
parceria, selada em agosto.
O acordo, porém, não se resume
à produção da versão brasileira
do "reality show". Se fosse assim,
o negócio já estaria ameaçado, já
que o SBT lançou antes "Casa dos
Artistas", um "Big Brother" com
famosos que chega a deixar a Globo em segundo lugar na audiência (leia à pág. E4). A Endemol deverá ser parceira da emissora brasileira na criação de um novo canal, voltado ao público jovem.
Outro investimento da holandesa que interessa à Globo é o desenvolvimento de programação
interativa. Quer usar o "know
how" dos parceiros para ser pioneira nessa tecnologia quando a
TV digital, que possibilita a interatividade, chegar ao Brasil.
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