São Paulo, terça-feira, 14 de novembro de 2006

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CD traz o alicerce baiano que move o samba-de-roda

DA SUCURSAL DO RIO

No ano passado, enquanto o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) aprovava o jongo como patrimônio cultural brasileiro, o samba-de-roda se tornava patrimônio da humanidade. Para conquistar o título, foi preciso produzir um dossiê sobre o gênero do Recôncavo Baiano, uma das fontes do samba carioca e até hoje cantado (e dançado) nas cidades próximas à baía de Todos os Santos.
Munido de um estúdio portátil de gravação, o etnomusicólogo Carlos Sandroni registrou sambas tradicionais de Santo Amaro da Purificação, Cachoeira, São Félix, Maragogipe e Maracangalha, entre outros distritos e municípios. Sem distribuição comercial, o CD que fez parte do dossiê tem sido entregue às comunidades e a pesquisadores. Reúne 22 faixas, com chulas e sambas corridos, os principais grupos em que se dividem as manifestações da região.
Ao contrário do jongo, em que a sonoridade dos tambores evoca as senzalas, no samba-de-roda misturam-se fontes culturais africanas com portuguesas, como o machete (pequena viola) e o pandeiro. O CD mostra o alicerce de artistas como Maria Bethânia e Caetano Veloso.


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