São Paulo, terça-feira, 14 de novembro de 2006

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Crítica

"O Operário" exibe o talento de Christian Bale

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Dustin Hoffman disse, certa vez, que um bom ator não precisava engordar ou emagrecer insanamente para compor um personagem. Que bastava a ele, apenas, honrar seu talento e atuar.
Há casos e casos, mas esta é uma afirmação perigosa, porque legitima um vício tradicional entre astros e estrelas (os norte-americanos, pelo menos), que é o de se julgarem deuses cujo corpo, sendo sagrado, é intocável.
Ora, é obrigação do intérprete entregar seu físico para um projeto. Deformá-lo, torná-lo mundano, honrá-lo como objeto cênico. É o que sempre fez Robert De Niro, com suas dietas lendárias entre um e outro filme, ou Al Pacino, deixando suas olheiras à mostra.
E o soberbo Christian Bale, que emagreceu 28 quilos para fazer o torneiro de "O Operário" (Telecine Premium, 16h30). A fotografia contrastada ajuda, mas o resultado na tela é impressionante, digno de filme de terror gótico. Por isso, atores e atrizes, inclinai-vos às exigências dos personagens.


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