São Paulo, sábado, 14 de novembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Mara Manzan morre de câncer aos 57, no Rio

Internada desde o último dia 7, atriz tinha doença no pulmão desde 2008 e já havia se afastado da TV para fazer cirurgia

Principais papéis foram cômicos, como em "Duas Caras" e "O Clone"; última novela havia sido "Caminho das Índias"


DA SUCURSAL DO RIO

Em um voo de Buenos Aires para o Rio, em 2007, Mara Manzan deitou-se em três poltronas antes de o avião decolar. A comissária de bordo pediu que ela se sentasse e colocasse o cinto de segurança. "Se o avião cair, que diferença faz se eu estiver sentada, deitada, com ou sem cinto?", perguntou a atriz, com o humor característico.
Desde o início de 2008 lutando contra um câncer no pulmão, ela morreu na manhã de ontem, aos 57, no hospital Rio's D'Or, no Rio, onde estava internada desde sábado.
Em abril de 2008, chegou a ser operada no hospital Sírio-Libanês (SP) para a retirada de um nódulo no pulmão, interrompendo sua participação na novela "Duas Caras", da TV Globo. Recentemente, voltou a enfrentar problemas de saúde durante "Caminho das Índias".
Em "O Clone" (2001), fez sucesso por causa do bordão "Cada mergulho é um flash!", da personagem Dona Odete. Ainda participou de outras seis novelas e da minissérie "Hilda Furacão" (1998), todas na Globo. No cinema, atuou no ano passado em "Sexo com Amor?".
A atriz Marília Pêra foi visitá-la anteontem no hospital. "Ela estava dormindo, mas fiquei muito tempo ao seu lado. Apesar da gravidade da doença, a fisionomia dela era de tranquilidade." Para Marília, "Manzan foi uma atriz intuitiva, muito alegre e extrovertida. É uma pena ter partido tão cedo."
Apesar de ter fumado por 40 anos, ela dizia, para explicar o câncer no pulmão, que a causa não era o cigarro, mas os anos em que engolia fogo no circo. "É possível que o querosene tenha feito mal a ela, mas Mara era uma fumante inveterada", disse o diretor Wolf Maya.
"Eu me lembro dela garota aqui com a gente, participando de uma fase muito bonita do Oficina. Ela trazia presentes para todo o elenco", recorda o diretor teatral José Celso Martinez Corrêa. (CAIO BARRETO BRISO)


Texto Anterior: Livros/Crítica/"O Projeto Lazarus": Bósnio usa humor ao tratar do exílio
Próximo Texto: Série: "Numb3rs" ruma ao final com menos episódios
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.