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"O beneficiário final deve ser o telespectador"
DA REPORTAGEM LOCAL
Se chegar o dia em que recursos
públicos forem utilizados para
uma novela da Globo feita por
produtora independente, "os paradigmas dessa políticas públicas
podem ser revistos". A resposta à
hipotética situação proposta pela
Folha é de Mário Borgnet, assessor especial do Ministério da Cultura. Leia sua avaliação da operação Record/"Avassaladoras":
"A parceria entre TV aberta e
produtora independente é um
dos objetivos de nossa política para o audiovisual. A questão não é
o recurso favorecer a TV aberta,
mas sim um produtor independente nacional. O beneficiário último deve ser o telespectador, o
cidadão. Precisamos construir
condições de mercado à produção independente. Agregar a TV
aberta é algo a ser comemorado,
mesmo que num primeiro momento o Estado seja avalista dessa
relação. [O incentivo para uma
novela da Globo feita por produtor independente] Seria problema
se não gerasse discussão interna
sobre o modelo de negócio, o fato
de ela produzir tudo o que exibe.
Mas, quando e se isso ocorrer, os
paradigmas das políticas públicas
podem ser revistos. Leis de incentivo são ferramentas e não dogmas eternos". (LM)
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