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CRÍTICA
Embalada para a nova geração
FREE-LANCE PARA A FOLHA, EM LONDRES
Tratando-se de colaborações, Marianne Faithfull está
galáxias à frente de Mick Jagger,
seu ex-namorado. No ano passado, ele lançou "Goddess in the
Doorway", com participações de
Lenny Kravitz e Wyclef Jean. Ninguém deu a menor bola.
Mas foi só ela dizer que estava
lançando um álbum com participações de Blur, Pulp, Billy Corgan
e Beck que todo mundo quer saber o que é que a inglesa tem.
Mas vale avisar: "Kissing Time"
não é um CD de duetos. Eles escreveram letras, criaram melodias, tocaram uns teclados aqui,
umas guitarras ali e, em alguns casos, fizeram canções inteiras. Mas
nunca dividem vocais com ela.
E quase todas as faixas dão certo. Por isso é estranha a escolha de
"Sex with Strangers" como música de trabalho. A batida eletrônica
anos 80 é extremamente datada.
"Wherever I Go", parceria com
Billy Corgan, também faz as colaborações parecerem forçadas.
Mas são só essas duas. Nas outras,
ela consegue tirar o melhor proveito de cada convidado.
É assim em "Sliding through Life on Charm", em que Jarvis Cocker ataca com as mesmas armas
que usa para criar a música do
Pulp. "Nobody's Fault", gravada
antes por Beck, ganha nova dimensão e tom melodramático.
Fora do campo dos ilustres convidados, ela ainda fez "Song for
Nico", inteligente homenagem à
misteriosa modelo alemã que
cantou com Velvet Underground.
"Kissing Time" consegue o que
parecia impossível: embalar
Faithfull para a nova geração.
(JULIANO ZAPPIA)
Kissing Time
Artista: Marianne Faithfull
Lançamento: Virgin (importado)
Quanto: R$ 40, em média
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