São Paulo, segunda-feira, 15 de março de 2010

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Dilemas morais movem nova fase de "Good Wife"

Em entrevista à Folha, atriz Julianna Margulies conta que personagem vai questionar a capacidade de perdoar o marido

Próximos capítulos nos EUA mostram envolvimento da protagonista, democrata convicta, com republicano admirador de Sarah Palin


JANAINA LAGE
DE NOVA YORK

O dilema moral da série "The Good Wife" promete ganhar mais reviravoltas. A boa esposa do título, Alicia Florrick, interpretada por Julianna Margulies, receberá novamente em casa o marido, que estava preso após se envolver em um escândalo sexual e de corrupção.
A série foi inspirada em episódios recentes da política americana, como a renúncia do ex-governador de Nova York Eliot Spitzer por envolvimento em escândalo sexual com uma prostituta. Margulies explica que na nova fase sua personagem vai questionar a capacidade de perdoar e de deixar o que aconteceu para trás.
"Ela presume que tudo vai voltar ao normal. É muito delicado. De um lado existe a humilhação pela qual ela passou, de outro ela está sozinha, cuidando dos filhos e continua gostando dele", disse. O marido, um promotor de Nova York, é interpretado por Chris Noth, o Mr. Big de "Sex and the City". Para a primeira fase do seriado, Margulies, que ficou conhecida por "ER", pesquisou fotos e vídeos nos quais mulheres acompanhavam os maridos em entrevistas em que assumiam a culpa pelos escândalos. "Todo mundo pensa que sabe o que faria nessa situação, mas ninguém está preparado", disse.
A série tem alcançado bons índices de audiência nos EUA, onde chegou a registrar 14 milhões de espectadores. Para Josh Charles, que interpreta Will Gardner, sócio do escritório de advocacia onde a protagonista trabalha, a relação peculiar dos americanos com figuras famosas ajuda a atrair a atenção do público.
"Temos uma obsessão mórbida pela vida particular de celebridades e políticos", diz. Na série, as mulheres são os personagens fortes. Christine Baranski, que faz Diane Lockhart, sócia sênior do escritório de advocacia, diz que se inspirou em Hillary Clinton. Mais conhecida por papéis cômicos, como no filme "Mamma Mia!", ela diz que gosta de encarnar a "bruxa gelada".
Segundo ela, o público tem uma relação de fascínio com esses personagens. "Muitas pessoas me perguntavam: "Ah, agora você vai ser a bruxa? Que maravilha". E então você ganha aqueles figurinos maravilhosos e, da noite para o dia, descobre que virou um ícone gay", disse. Entre as surpresas dos próximos episódios exibidos nos EUA, Baranski revela que a personagem, democrata convicta, terá um encontro com um republicano fã de Sarah Palin e ficará dividida entre as convicções e o romance. "Muitas mulheres fortes têm uma grande vulnerabilidade, especialmente no campo afetivo", disse.


THE GOOD WIFE

Quando: segundas, às 21h, no Universal Channel
Classificação: 12 anos




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