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Dilemas morais movem nova fase de "Good Wife"
Em entrevista à Folha, atriz Julianna Margulies conta que personagem vai questionar a capacidade de perdoar o marido
Próximos capítulos nos EUA mostram envolvimento da protagonista, democrata convicta, com republicano admirador de Sarah Palin
JANAINA LAGE
DE NOVA YORK
O dilema moral da série "The
Good Wife" promete ganhar
mais reviravoltas. A boa esposa
do título, Alicia Florrick, interpretada por Julianna Margulies, receberá novamente em
casa o marido, que estava preso
após se envolver em um escândalo sexual e de corrupção.
A série foi inspirada em episódios recentes da política
americana, como a renúncia do
ex-governador de Nova York
Eliot Spitzer por envolvimento
em escândalo sexual com uma
prostituta. Margulies explica
que na nova fase sua personagem vai questionar a capacidade de perdoar e de deixar o que
aconteceu para trás.
"Ela presume que tudo vai
voltar ao normal. É muito delicado. De um lado existe a humilhação pela qual ela passou, de
outro ela está sozinha, cuidando dos filhos e continua gostando dele", disse. O marido, um
promotor de Nova York, é interpretado por Chris Noth, o
Mr. Big de "Sex and the City".
Para a primeira fase do seriado, Margulies, que ficou conhecida por "ER", pesquisou fotos
e vídeos nos quais mulheres
acompanhavam os maridos em
entrevistas em que assumiam a
culpa pelos escândalos. "Todo
mundo pensa que sabe o que faria nessa situação, mas ninguém está preparado", disse.
A série tem alcançado bons
índices de audiência nos EUA,
onde chegou a registrar 14 milhões de espectadores. Para
Josh Charles, que interpreta
Will Gardner, sócio do escritório de advocacia onde a protagonista trabalha, a relação peculiar dos americanos com figuras famosas ajuda a atrair a
atenção do público.
"Temos uma obsessão mórbida pela vida particular de celebridades e políticos", diz.
Na série, as mulheres são os
personagens fortes. Christine
Baranski, que faz Diane Lockhart, sócia sênior do escritório
de advocacia, diz que se inspirou em Hillary Clinton. Mais
conhecida por papéis cômicos,
como no filme "Mamma Mia!",
ela diz que gosta de encarnar a
"bruxa gelada".
Segundo ela, o público tem
uma relação de fascínio com esses personagens. "Muitas pessoas me perguntavam: "Ah, agora você vai ser a bruxa? Que
maravilha". E então você ganha
aqueles figurinos maravilhosos
e, da noite para o dia, descobre
que virou um ícone gay", disse.
Entre as surpresas dos próximos episódios exibidos nos
EUA, Baranski revela que a personagem, democrata convicta,
terá um encontro com um republicano fã de Sarah Palin e ficará dividida entre as convicções e o romance. "Muitas mulheres fortes têm uma grande
vulnerabilidade, especialmente no campo afetivo", disse.
THE GOOD WIFE
Quando: segundas, às 21h, no Universal Channel
Classificação: 12 anos
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