CARLOS BOZZO JUNIOR
enviado especial a Salvador


Se São Paulo carece de manifestações culturais coletivas, talvez uma abertura como a do Percpan, que aconteceu na noite da última quarta-feira nas ruas de Salvador, seja a solução.
Nem as três horas de atraso -ocasionado por problemas técnicos- desanimaram o público que aguardava a chegada do cortejo formado por músicos e artistas, no Campo Grande.
No palco da praça, sob a organização do percussionista Naná Vasconcelos, apresentaram-se várias atrações do festival, como as meninas do Map Marimba Girls Plus, que deram uma pequena amostra de seu show programado para o teatro Castro Alves.
Às 22h45, chegou o compositor Gilberto Gil para comandar a festa de cima do trio elétrico e mandar, com a madame Marley, "Woman No Cry", entre outras, levando alguns ao delírio.
No entanto, a versão programada para São Paulo do festival que está em sua sétima edição, acontecerá dentro do teatro Alfa. Gil explica: "É claro que temos a intenção de promover esta festa de rua em São Paulo, mas não temos pressa. Iremos aguardar uma resposta que a própria cidade irá nos fornecer com o tempo", disse.
No show que aconteceu no teatro Castro Alves, na última quinta-feira, quem arrebentou, em meio a Fafá de Belém e Flor do Mangue, Pegapacapá e Cássia Eller, e as Ceguinhas de Campina Grande, foram os Pigmeus Aka, mostrando uma música primitiva maior que a das altas meninas e meninos do Map Marimba Girls Plus.