São Paulo, quinta-feira, 15 de abril de 2010 |
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COMIDA Crítica Casa serve de especialidades árabes a criações dispensáveis
JOSIMAR MELO CRÍTICO DA FOLHA A cozinha árabe no Brasil evoca principalmente restaurantes baratos, simples, de cozinha cuidadosa e com toque familiar. O perfil do Baruk é um pouco diferente. Inaugurado na Vila Olímpia em novembro, tem clima que mistura a descontração de um bar com o ambiente de um restaurante moderno. É aberto para a rua, com a qual se integra principalmente no avarandado da entrada. Mas também na parte de dentro, sem perder a visão e a claridade-há o salão e, sobre ele, um mezanino. Não parece nossas adoráveis lanchonetes libanesas nem tem uma família de origem árabe atrás do balcão (os proprietários são os irmãos Denise, 40, também da rede Desfrutti, e Gustavo Batistel, 25). Mas a cozinha tem uma mão do Oriente, a da madrinha de Gustavo, Lílian Chueri, 60, filha de libaneses e responsável pela criação e supervisão dos pratos. Abrindo somente no almoço, quando se supõe um serviço mais ágil, o restaurante não tem uma gama muito variada de pratos, mas serve todos os itens árabes mais populares. A eles acrescenta alguns pratos mais elaborados, e conclui com dois outros chamados "contemporâneos", de invenção, em que entram elementos de outras cozinhas. Esfihas convencionais e de massa macia, quibe frito bem crocante, embora tênue de sabor, pastas de berinjela, grão-de-bico e pimentão com nozes compõem as entradas (há também pelo menos uma salada interessante, de minifolhas verdes com erva-doce, tomatinhos, romã, grão-de-bico e queijo feta). Nos pratos combinados, pode-se ter lado a lado itens como espetinho de filé-mignon, arroz sírio, charutos de folha de uva ou repolho, salada tabule. Saindo do mais convencional, há dois pratos: um de carne picada e refogada com berinjela e creme branco com amêndoas torradas, gratinado, e bem mais leve do que indicaria a descrição; e o gostoso chacrie (carne desfiada cozida com cebola e coalhada). No ramo "contemporâneo", os dois pratos não chegam a ser bizarros (embora pareçam dispensáveis): hambúrguer de kafta com shimeji, shitake e gengibre; e o cordeiro assado com tempero árabe mas servido com geleia de pimenta e purê de mandioquinha. josimar@basilico.com.br BARUK Avaliação: Endereço: al. Raja Gabaglia, 160, tel. 0/ xx/ 11/3045-9999 Funcionamento: de seg. a sex., das 11h às 20h; sáb., das 11h às 17h Ambiente: agradável, com varanda e mezanino Serviço: ágil, se desenvolve bem Vinhos: cerca de 15, quase só do Novo Mundo, de preços leves Cartões: M, D, V Estacionamento: não tem Preços: entradas, de R$ 10,90 a R$ 16,90; pratos principais, de R$ 14,90 a R$ 29,40; sobremesas, de R$ 3,90 a R$ 8,90 Texto Anterior: Nina Horta: Cozinha autêntica Próximo Texto: Vinho: Importadora apresenta bons rótulos californianos Índice |
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