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Evento quer se firmar como opção cultural
DA SUCURSAL DO RIO
Os números da 10ª Bienal Internacional do Livro do Rio prometem um grande evento cultural.
Na avaliação da curadora da exposição, Rosa Maria Barboza
Araújo, a bienal é o maior encontro de autores contemporâneos
nacionais dos últimos 15 anos.
O espaço é de 48 mil m2, distribuídos em dois pavilhões do Riocentro. Somente para a Espanha,
país homenageado, a área destinada é de 500 m2. Argentina, China, Estados Unidos, França, Itália,
Jamaica, Portugal e México também estarão representados.
A expectativa de público é grande. Para ter uma idéia, mais de 170
mil crianças já estão credenciadas
para visitação escolar antes mesmo do início do evento.
Segundo o diretor de comunicação do Sindicato Nacional dos
Editores de Livros, Roberto Feith,
a bienal é, hoje, "um evento para a
cidade do Rio de Janeiro e não somente para o mercado editorial".
Ele reforça que os temas da programação cultural desta edição
são bastante diversificados e devem atender aos mais exigentes
leitores. Alguns estandes promoverão sessões de teatro infantil e
outros tipos de atrativos para
crianças e adolescentes. Na praça
da alimentação, além de lanchonetes fast food, também foi instalado um restaurante à la carte.
A preocupação em criar novos
leitores e estimular a fidelidade à
leitura levou os organizadores a
oferecer mais um atrativo.
As crianças que forem à bienal
vão ganhar um vale que dá direito
a compra de R$ 2. Várias editoras
terão ofertas por esse preço, para
que todos possam levar pelo menos um livro.
Outra medida que estimula o
aumento do número de leitores
foi tomada pela Prefeitura do Rio,
que autorizou cada uma das bibliotecas públicas e das escolas
municipais a gastar R$ 500 em
aquisições no evento. Os editores
darão descontos para as compras
feitas por essas instituições.
A iniciativa é saudada por Raul
Wassermann, presidente da Câmara Brasileira do Livro, entidade
que reúne editoras, distribuidoras
e livrarias. "Um dos grandes problemas que nos impedem de ter
mais leitores no Brasil é o pequeno número de bibliotecas públicas, cerca de 3.500, e a falta de verba para renovar acervos", afirma.
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