São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 2008

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Desenho

"Gato de Frankenstein" desperdiça idéia

DA REPORTAGEM LOCAL

É improvável que Mary Shelley (1797-1851) tivesse vislumbrado, lá no início do século 19, que seu Frankenstein derivaria em tantos e tão variados produtos, incluindo um desenho animado infantil, "O Gato de Frankenstein", que estréia amanhã no canal pago Nickelodeon.
Baseado no livro homônimo, do inglês Curtis Jobling, o desenho é a primeira série animada de TV criada pela britânica MacKinnon & Saunders, premiada por seus bonecos, como os do filme "A Noiva-Cadáver" (2005), de Tim Burton.
A história é meio amalucada -uma tradição sempre em voga nos desenhos animados, de "Pica-Pau" a "Bob Esponja"- e trata do felino criado pelo dr. Clive Frankenstein, neto do personagem original, a partir de pedaços de outros nove gatos -daí seu nome, Nine.
Estranho e deslocado, o bicho faz amizade com Lottie, a única garota da vila e, portanto, igualmente deslocada (e com uma queda pelo visual gótico).
Apesar de seu ponto de partida ser razoavelmente original, o desenho se mostra pouco inovador (inclusive visualmente, desperdiçando o talento da M&S para bonecos) e, o que é pior, pouco divertido.
Como é estritamente infantil, deve distrair os pequenos, mas é improvável que entre para suas listas de favoritos. (MARCO AURÉLIO CANÔNICO)


O GATO DE FRANKENSTEIN
Quando:
estréia amanhã, às 15h
Onde: no Nickelodeon


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