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Crítica
Noite tem filmes com amores soturnos
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
"O Morro dos Ventos Uivantes" (Futura, 22h30; 12
anos), o livro de Emily Brontë,
entrou na lista das adolescentes que seguiram com paixão as
aventuras dos jovens vampiros
criados por Stephenie Meyer.
O filme, em sua versão de
1992, não fará justiça ao original, entre outras coisas por dar
a Ralph Fiennes um papel que,
na versão de 1939, de William
Wyler (em grande momento),
pertenceu a Laurence Olivier.
Entra, na verdade, no rol dos
"remakes" criados apenas para
atualizar determinadas imagens. Coisa que os vampiros de
"Crepúsculo", no fim das contas, fazem melhor.
Nesta noite de amores soturnos, há ainda o de "A Noiva
Estava de Preto" (TCM, 22h;
12 anos), em que Jeanne Moreau tem seu amor assassinado
e decide vingá-lo cruelmente.
Um filme menor de François
Truffaut, ainda assim digno de
ser visto.
Talvez o mais taciturno dos
personagens da noite seja o
psiquiatra Vitus Vergast. Primeiro, porque ele é Bela Lugosi. Segundo, porque em "O Gato Preto" (TCM, 19h45; 12
anos) ele confronta o monstruoso arquiteto Boris Karloff.
Uma vantagem, nesse encontro em filmes entre Lugosi
e Karloff, é que, em vez do gótico habitual, tudo se desenrola
na mais moderna arquitetura.
A outra: trata-se de uma rara
oportunidade de ver um filme
de Edgar G. Ulmer com orçamento decente.
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