São Paulo, sábado, 15 de maio de 2010

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Crítica

Noite tem filmes com amores soturnos

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"O Morro dos Ventos Uivantes" (Futura, 22h30; 12 anos), o livro de Emily Brontë, entrou na lista das adolescentes que seguiram com paixão as aventuras dos jovens vampiros criados por Stephenie Meyer.
O filme, em sua versão de 1992, não fará justiça ao original, entre outras coisas por dar a Ralph Fiennes um papel que, na versão de 1939, de William Wyler (em grande momento), pertenceu a Laurence Olivier.
Entra, na verdade, no rol dos "remakes" criados apenas para atualizar determinadas imagens. Coisa que os vampiros de "Crepúsculo", no fim das contas, fazem melhor.
Nesta noite de amores soturnos, há ainda o de "A Noiva Estava de Preto" (TCM, 22h; 12 anos), em que Jeanne Moreau tem seu amor assassinado e decide vingá-lo cruelmente.
Um filme menor de François Truffaut, ainda assim digno de ser visto.
Talvez o mais taciturno dos personagens da noite seja o psiquiatra Vitus Vergast. Primeiro, porque ele é Bela Lugosi. Segundo, porque em "O Gato Preto" (TCM, 19h45; 12 anos) ele confronta o monstruoso arquiteto Boris Karloff.
Uma vantagem, nesse encontro em filmes entre Lugosi e Karloff, é que, em vez do gótico habitual, tudo se desenrola na mais moderna arquitetura.
A outra: trata-se de uma rara oportunidade de ver um filme de Edgar G. Ulmer com orçamento decente.


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