DA REPORTAGEM LOCAL

"Rapaz, você está me levando a sério. É o primeiro que me trata assim depois da queda do Muro de Berlim (que pedreiros vagabundos, os comunistas)." É assim que Millôr respondeu um e-mail do repórter, que queria checar algumas frases da entrevista.
Não se pode levar 100% a sério a afirmação do "guru".
Há meses que suas peripécias em literatura, teatro e adjacências vêm sendo examinadas, cada tintim delas, pela equipe do Instituto Moreira Salles.
Millôr será o objeto do próximo "Cadernos de Literatura Brasileira", publicação criada pelo IMS em 1996 que a cada semestre reúne um amplo dossiê sobre um escritor nacional.
O conteúdo da revista sobre Millôr, que deve ser lançada em agosto, mês de seu aniversário, ainda está mantido em segredo, mas o homenageado garante que viraram sua trajetória de ponta-cabeça.
"Lamentavelmente sabem a meu respeito muito mais do que eu gostaria. Felizmente sabem muito pouco sobre a única coisa importante para mim, minha vida sentimental", afirma Millôr. (CEM)


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