São Paulo, segunda-feira, 15 de junho de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

Episódios enfileirados não justificam "Piaf"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Por mais interessante ou dramática que seja, uma vida não pode ser resumida em uma série de episódios enfileirados, como acontece em "Piaf - Um Hino ao Amor" (HBO Plus, 23h30; não indicado a menores de 14 anos).
A produção do filme mostrou extrema competência ao escalar Marion Cotillard para o papel de Edith Piaf (a grande cantora francesa do século passado, para quem não saiba). Deu até em Oscar de atriz, com claros benefícios para a carreira internacional do filme.
Ainda assim, os realizadores franceses de filmes comerciais (de biografias, em particular) deveriam se inspirar mais nos trabalhos do italiano Roberto Rossellini nos anos 1960/70. Lá aprendemos que mais vale, às vezes, se fixar num momento da vida que resume todos os outros.
Mas, sempre, sempre, o todo deve ser submetido a uma ideia. Sem ela, o que sobra é uma fileira de episódios que só se justifica por um nome (Piaf, no caso).


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