São Paulo, sábado, 15 de julho de 2000


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Cantor italiano diz à Folha que show dos Três Tenores, que vem ao país neste mês, não é caça-níquel
Pavarotti volta com "Aquarela do Brasil"

Reuters
Luciano Pavarotti, durante apresentação dos Três Tenores em Washington em maio deste ano


IRINEU FRANCO PERPETUO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Não deu nem tempo de sentir saudades. Três meses depois de cantar com Gal Costa e Maria Bethânia em Salvador, o tenor italiano Luciano Pavarotti, 64, está de volta ao Brasil.
"Estou voltando de boa vontade", disse Pavarotti à Folha, em entrevista exclusiva por telefone.
De Pesaro (Itália), onde tirava férias, o tenor falou sobre a longevidade de sua voz, comentou suas incursões no pop e cantarolou trechos de "Aquarela do Brasil" e de "Manhã de Carnaval", canções brasileiras que fazem parte do repertório do espetáculo.
Dia 22, no estádio do Morumbi, em São Paulo, Pavarotti faz o primeiro espetáculo na América Latina dos Três Tenores, formado por ele e seus colegas espanhóis Plácido Domingo e José Carreras.
"Vocês vão ouvir minha voz verdadeira", disse Pavarotti à Folha. O tenor, que faz hoje concerto ao ar livre em Aschaffenburg, cidade alemã que fica perto de Frankfurt, terá a companhia de um conterrâneo na regência.
O genovês Marco Armiliato terá a missão de reger a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo neste evento de custo estimado em R$ 3,6 milhões e co-produzido pela empresa mexicana CIE (Companhia Internacional de Entretenimento).

Agudos
Facilidade para atingir os agudos, potência e limpeza do timbre foram os motivos do destaque internacional obtido por Pavarotti no início de sua carreira, nos anos 60 e 70. "La Bohème" (Puccini), "La Fille du Régiment" (Donizetti) e "Rigoletto" (Verdi) são alguns títulos que contribuíram para sua extraordinária projeção.
Na década de 90, contudo, são motivos extra-musicais que o têm feito atingir as manchetes. Em 96, Adua, com quem ele se casara em 1961, pediu o divórcio, devido ao fato de o tenor estar tendo um caso com sua secretária, Nicoletta Mantovani, então com 27 anos.
Resultado: hoje, Adua, mãe de três filhas de Pavarotti (todas as três mais velhas do que Nicoletta), reivindica a metade de um patrimônio estimado em mais de US$ 300 milhões.


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