São Paulo, quarta-feira, 15 de julho de 2009

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CDs

Pop
1 Real
DJ DOLORES
Gravadora: Arterial Music; Quanto: R$ 29,90, em média; Avaliação: bom

Na esteira da geração mangue beat, DJ Dolores surpreendeu com uma poderosa fusão entre regionalismos brasileiros e batidas importadas, como se ouviu em "Contraditório" (2002) e "Aparelhagem" (2005) -álbuns que esboçaram uma música eletrônica genuinamente brasileira. Lançado no ano passado, "1 Real" só agora ganha distribuição nacional. Neste seu terceiro CD, o DJ desacelera suas batidas, dá mais destaque às letras e visita do forró ("J.P.S") à música jamaicana ("Mutant Child"). POR QUE OUVIR: Mesmo que não tenha sonoridade tão impactante quanto a de seus primeiros discos, "1 Real" é uma boa amostra da música globalizada do DJ. (BRUNA BITTENCOURT)

MPB
Todo Domingos
FLÁVIA BITTENCOURT
Gravadora: independente; Quanto: R$ 20; Avaliação: bom

A cantora maranhense dedica todo o seu segundo álbum ao repertório pouco visitado do pernambucano Dominguinhos. De todas as canções escolhidas por ela para compor o disco, apenas "Só Quero um Xodó" pode ser acusada de já estar mastigada demais por suas muitas gravações anteriores. De resto, tudo soa como quase inédito -até mesmo sucessos como "Quem me Levará Sou Eu" (registrado magistralmente por Fagner, em 1978) ou "Abri a Porta" (pela Cor do Som, em 1979). O homenageado dá seu aval ao trabalho, participando, com voz e sanfona, da tristíssima "Diz Amiga". POR QUE OUVIR: Para descobrir, em bons arranjos acústicos e na voz quente de Flávia, o que sempre esteve aí: a monumental obra de Dominguinhos, quase desconhecida do grande público. (MP)

MPB
Incondicional
PEDRO MARIANO
Gravadora: Nau; Quanto: R$ 20, em média; Avaliação: regular

Não bastasse ter sobre a cabeça a espada de ser filho de Elis Regina, Pedro Mariano ainda tem voz frágil, carente de potência e suingue. Não bastasse isso (ou por isso mesmo), vem priorizando um repertório pop e soul também frágil, carente de força e graça, salvo exceções. Estas estão em "Incondicional" -disco de 2004 só agora liberado pela EMI para o selo do cantor- em momentos de "Três Moedas", "Próxima Atração", "A Medida da Paixão", "A Casa da Dor" e "O Jardim do Silêncio", mas é pouco. Ele ainda não encontrou sons e palavras que ajudem seu canto. POR QUE OUVIR: Quem gosta das fórmulas pop que estão por aí não vai se queixar. (LFV)

Rock
Flashback!
CINE
Gravadora: Universal; Quanto: R$ 30, em média; Avaliação: péssimo

Fresno, Forfun, NX Zero. Se você tem filhos entre os sete e os 17 anos, provavelmente já ouviu falar nesses nomes de bandas brasileiras. São grupos com visual moderninho, que cantam letras emo em meio a guitarras mais ou menos altas. Esse tipo de som é uma praga que se alastra não apenas no Brasil, mas nos Estados Unidos, na Europa... O disco traz canções ingênuas em que as letras quase sempre giram em torno de uma garota ("Garota Radical"; "A Usurpadora"). Não vai sair das rádios, os shows vão lotar... POR QUE NÃO OUVIR: Letras bestas, música genérica e sem inspiração. Mas tem um lado bom: é só ouvir que a vontade de ter filhos passa rapidinho. (THIAGO NEY)

DVDs

ROCK
There'll Always Be an England
SEX PISTOLS
Gravadora: Coqueiro Verde; Quanto: R$ 40, em média; Avaliação: bom

Julien Temple dirigiu algumas das principais cenas envolvendo os Pistols. Aqui, foca sua câmera num show matador na Brixton Academy, em Londres. POR QUE VER: Porque o filme capta o punk acontecendo, em faixas como "Pretty Vacant". (TN)

MPB
Autorretrato
KLEITON & KLEDIR
Gravadora: Som Livre; Quanto: R$ 29,90; Avaliação: regular

O novo álbum de inéditas da dupla gaúcha foi gravado em parceria com o Canal Brasil e, por isso, rendeu também este "filme-documentário" com cenas de bastidores e histórias da carreira dos irmãos. A parte ruim disso é que, como sempre acontece em projetos assim, o foco é desviado de seus méritos musicais, tão mais interessantes, para uma série de videoclipes gravados em um único cenário. POR QUE VER: Melhor do que ver o DVD é ouvir o CD, que também está disponível. Produzido pelo inglês Paul Ralphes (Skank, Kid Abelha), ele retoma a simplicidade pop dos primeiros anos de K&K, nos anos 1970, quando ainda integravam a banda Almôndegas. (MP)


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