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Li Ping, atriz que atua como uma guerreira em "A Princesa Cem-Flores"

especial para a Folha

Wo Xiao Bin, diretor-artístico da Ópera de Pequim da Cidade de Dalian, diz que os atores de sua companhia têm experiência de mais de 20 anos na interpretação de um repertório que, por tradição, divide-se entre peças de temáticas civil e militar. "Assim como o repertório de Shakespeare inclui peças sobre guerras e intrigas entre reis e súditos, também o nosso explora temas históricos, que chamamos de militares. Por outro lado, também encenamos histórias de amor trágico ou impossível, com personagens da sociedade civil." A atriz Li Ping, 39, se destaca no grupo de Dalian ao lado dos atores Yang Chi, 36, e Zhang Dajun, 33. Sem a maquiagem e os figurinos requintados que usa em cena, Li Ping é uma chinesa moderna, bonita, que aparenta muita feminilidade. No entanto, ela é uma das raras atrizes que domina tanto os papéis civis como os militares. "Para interpretar papéis militares, precisei desenvolver muita força física. Ao contrário dos acrobatas e bailarinos, costumo permanecer em cena durante muito mais tempo, em geral, de duas a três horas seguidas", diz Ping. Em "A Princesa Cem-Flores", Ping interpreta uma guerreira hábil e corajosa, filha do rei de Anxi, que luta para defender as fronteiras dos reinos do Oeste da China. Para tornar a peça mais acessível, foram eliminados alguns trechos cantados, que exigiriam do espectador brasileiro a compreensão do idioma chinês. (AFP)



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