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POLÍTICA CULTURAL
Comissão escolheu 23 companhias entre as 178 que concorreram ao subsídio de R$ 5,8 milhões da prefeitura
Programa de Fomento para SP seleciona 23 projetos
DA REPORTAGEM LOCAL
O "Diário Oficial" do município
publicou ontem a relação dos
projetos escolhidos para o primeiro edital do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a
Cidade de São Paulo, aprovado
em janeiro passado (Lei 13.279/
2002) por meio do movimento
Arte contra a Barbárie.
Foram selecionados 23 dos 178
projetos inscritos. A comissão julgadora aprovou valores entre R$
146 mil e R$ 286 mil. O programa
soma R$ 5,8 milhões. Os grupos
têm até cinco dias para confirmar
a adesão.
Entre as companhias beneficiadas, estão Oficina Uzyna Uzona
(R$ 286 mil), Cia. do Latão (R$
280 mil), XPTO (R$ 276 mil), Engenho Teatral (R$ 282 mil) e Ágora - Centro para Desenvolvimento Teatral (R$ 282 mil) -leia ao
lado a relação dos 23 projetos.
A comissão poderia selecionar
até 30. "Se fôssemos observar o
orçamento enviado por cada
companhia, na realidade não poderíamos premiar dois terços dos
inscritos. Equacionamos a questão orçamentária para contemplar mais projetos. A lei nos faculta um corte de até 50% nos valores, mas sugerimos reduções de
15% a 25%", diz o presidente da
comissão julgadora, o pesquisador teatral Sebastião Milaré, 56.
Na assinatura do contrato, prevista para até o próximo mês, cada projeto receberá 40% do valor
com o qual foi contemplado. Os
outros 60% farão parte da dotação orçamentária de 2003.
Segundo Milaré, um dos nortes
seguidos pela comissão, que trabalhou durante um mês, foram os
projetos de companhias ou espaços que "demonstrassem continuidade", mas tinham dificuldade em levar seus espetáculos
adiante. "Esse é o aspecto que
mais interessa nessa lei: ela não fica pensando em produto específico", afirma.
Nos bastidores, a Associação
dos Produtores de Espetáculos
Teatrais do Estado de São Paulo
(Apetesp) e a Cooperativa Paulista de Teatro, ambas com representantes na comissão, discutem
a tributação do ISS (Imposto sobre Serviço). A Apetesp acha que
a Cooperativa tem que pagar, mas
esta obteve liminar recente que a
isenta da incidência tributária
junto à prefeitura.
Dos 23 projetos escolhidos para
o Programa de Fomento, 18 são
de companhias representadas juridicamente pela Cooperativa.
Segundo o diretor do Departamento de Teatro, Celso Frateschi,
50, "felizmente o programa está
tendo um olho em cima muito
grande, o que revela sua importância para a classe teatral. Estamos fazendo tudo de acordo com
a lei", afirma. Frateschi é ex-integrante da diretora do Ágora, espaço que foi um dos contemplados.
"Só mantenho vínculo artístico,
dando cursos", diz.
(VS)
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