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RUÍDO
Gravadoras BMG e Warner negociam fusão global
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL
Avançam as negociações
para a fusão entre a quarta
e a quinta maiores gravadoras
do mundo, BMG e Warner. No
Brasil, nenhuma das gravadoras
se pronuncia oficialmente, mas
a negociação teria sido comunicada a funcionários da Warner.
Efeito colateral, o selo popular
Luar Music, ligado à Warner,
acaba de ser desativado, segundo confirma seu diretor, Raul
Gil Jr. "A gente teve muito apoio
da Warner, mas agora, nessa situação, [o atual presidente]
Cláudio Condé achou melhor
olhar mais por seus próprios artistas", diz Gil Jr.
A Luar conquistou mercado
vendendo discos dos calouros
de Raul Gil, mas a situação ficou
inviável, de acordo com seu filho: "Paro enquanto a economia
do país não melhorar e as instituições responsáveis não combaterem a pirataria. Não vou
trabalhar para a máfia, não vou.
Vou embora para Los Angeles".
Ele emenda: "A Warner deve
estar passando pelas mesmas dificuldades que estou passando.
É uma das maiores crises fonográficas da história do país".
A Warner não comenta tal
afirmação e segue em atividade:
já começa a mobilização interna
para o lançamento do CD de estréia de Maria Rita Mariano, em
9 de setembro.
O NÃO-LANÇAMENTO
Que Luiz Gonzaga foi o rei
do baião, muita gente sabe.
Mas houve uma rainha também -era Carmélia Alves,
pouquíssimo lembrada hoje,
aos 78 anos. Lançado na década de 60 pela Copacabana
(hoje pertencente à EMI), esse álbum dava conta dos
amores interioranos e nordestinos da finíssima voz de
Carmélia. Havia baião à beça
("Asa Branca", "Assum Preto", "Paraíba", "Qui nem Jiló", "Baião de Dois"), mas
também saborosos temas
infanto-juvenis como "Sabiá
Lá na Gaiola", "Esta Noite
Serenou" etc. Depois, o Brasil teve amnésia.
BUGALU ADIADO
A crise fonográfica fustiga
também o setor de shows. Na
semana passada, Milton
Nascimento cancelou um de
três shows no DirecTV Music
Hall, porque estaria gripado.
Agora Lulu Santos transferiu a
minitemporada de "Bugalu",
que começaria amanhã no
gigantesco Credicard Hall,
para a próxima semana. Eram
três dias com platéia em pé,
viraram dois dias com mesas
-o que diminui a lotação
máxima da casa.
LULU GRIPADO
Também gripado e trocando
de empresário, Lulu abre o
jogo: "Eles haviam feito a
configuração da casa para
5.000 pessoas, 70% em pista.
Isso é insano, as temporadas
que fiz no Credicard Hall
sempre foram com assentos e
mesas, jamais em pé. Juntou-se
tudo e decidiu-se adiar para
fazer valer minha idéia". O
Credicard Hall não comenta
suas afirmações.
CAPRICHOS DE MARISA
Segundo o empresário de
Marisa Monte, Leonardo
Netto, ela não deve liberar as
duas músicas que cantou com
Paulinho da Viola no filme
"Meu Tempo É Hoje" para o
novo CD do artista. Deve
liberar só uma das duas,
"Carinhoso" ou "A Dança da
Solidão". Enquanto isso,
"Velha Infância", de Marisa
com os Tribalistas, foi a música
mais tocada no Brasil entre
março e maio, segundo o Ecad
(Escritório Central de
Arrecadação e Distribuição).
psanches@folhasp.com.br
FELLINI RESSUSCITA
O grupo O Baile Punk fará
show amanhã no DJ Club, com
participação do músico e
jornalista Thomas Pappon,
que mora fora do Brasil. Como
no Baile Punk tocam Cadão
Volpato, Jair Marcos e Ricardo
Salvagni, o encontro
caracterizará reunião da
formação original do Fellini,
mito antipop do underground
paulistano dos anos 80.
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